Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari

Câmara vai apurar ataques nas redes de deputada xingada por Ratinho

Autores de ataques virtuais à deputada Natália Bonavides estão no alvo da Polícia Legislativa; Ratinho insinuou morte da parlamentar

atualizado 17/12/2021 8:41

deputada Natália Bonavides Mariana Taccolini/Divulgação

A Câmara começou a investigar ataques que a deputada Natália Bonavides, do PT do Rio Grande do Norte, sofreu nas redes sociais após ter sido ofendida pelo apresentador Ratinho, nesta quarta-feira (15/12). A Polícia Legislativa apura se os detratores da deputada cometeram crimes.

Em outra frente, a Procuradoria Parlamentar da Câmara investigará Ratinho por supostos crimes de injúria e difamação. A apuração pode ser enviada ao Ministério Público, para que o caso siga tramitando na Justiça.

Na quarta-feira (15/12), durante o programa “Turma do Ratinho” na rádio Massa FM, Ratinho xingou a parlamentar, fez ataques machistas e insinuou sua morte. O apresentador pregou “eliminar” Bonavides com uma metralhadora, enquanto seus colegas de estúdio riam das ofensas.

No dia seguinte, o MPF pediu que o MP Eleitoral apure o caso. Representantes do grupo de trabalho de Violência Política de Gênero, as procuradoras Raquel Branquinho e Nathália Mariel apontaram que Ratinho pode ter cometido dois crimes.

O primeiro, previsto no Código Penal, é o crime de violência política, cuja pena mínima é de três anos de prisão. O outro, mais brando, consta do Código Eleitoral como “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar” uma parlamentar para impedir ou dificultar seu mandato. A pena é de um a quatro anos de prisão. Os dois crimes foram incluídos na lei neste ano.

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