metropoles.com

Fundo Constitucional: GDF refaz cálculo e perda pode chegar a R$ 87 bi em 10 anos

Seplad refez o cálculo a pedido do presidente da Câmara. DF pode perder R$ 87,7 bilhões em 10 anos caso novo regime fiscal não seja alterado

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Esplanada dos Ministérios - Metrópoles
1 de 1 Esplanada dos Ministérios - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Na noite desta terça-feira (23/5), a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Distrito Federal (Seplad-DF) refez o cálculo sobre o impacto que a aprovação do novo regime fiscal pode causar. De acordo com a pasta, caso o texto não seja alterado, o DF terá uma perda de R$ 87,7 bilhões em 10 anos.

O texto do relator do novo regime fiscal, deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), estabelece um limite de 2,5% no crescimento anual dos repasses do governo federal para alguns fundos como o FCDF. Os parlamentares do DF lutam para que o texto seja alterado, porém, o relator tem se mostrado irredutível.

Após reunião com os líderes dos partidos, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu que o GDF apresentasse cálculos mais detalhados sobre o impacto — que, antes, havia sido calculado em R$ 12 bi.

A Seplad refez o cálculo e o próprio secretário, Ney Ferraz, entregou o documento para Lira.

“Assim, a projeção alerta para uma perda de R$ 87,8 bilhões de reais até 2033, impactando indubitavelmente no orçamento do Distrito Federal. Note-se que não se trata de uma despesa ordinária que esteja sujeita à discricionariedade de gestores e sim de um repasse le receitas constitucionais do ente da federação Distrito Federal, desta forma, a atualização do Fundo não deveria estar sujeita a teto limitador, pois tal efeito acaba por prejudicar esta Unidade da Federação. Por estas razões, entendemos que seria adequado ao Governo do Distrito Federal que a União mantivesse a sistemática atual, resgatando, assim, a intenção disposta no projeto inicial, nos exatos termos empreendidos ao FPE e FPM”, explica o secretário no documento entregue à Câmara.

“Não temos plano B, pois não temos indústria, não temos turismo, não temos praia, não temos agricultura, não temos outra forma de compensar essa perda”, explicou Ney à coluna.

Resistência

Após a reunião de líderes com Lira, alguns parlamentares do DF afirmaram que há resistência por parte da Casa e do relator em atender ao pedido de alteração do texto.

Os políticos do DF acreditam que a capital da República será prejudicada se houver inclusão do fundo no teto de despesas para os próximos anos, limitado a 2,5%.

Criado para custear serviços essenciais na capital do país, que abriga as sedes dos Três Poderes e representantes diplomáticos de outros países, o FCDF é de extrema importância para a manutenção do DF, porque representa 40% do orçamento local.

Em 2023, o orçamento do DF é de R$ 57,36 bilhões, dos quais R$ 22,97 bilhões são oriundos do FCDF.

Na semana passada, o relator do arcabouço fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), recebeu a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), senadores e deputados da capital do país para tratar do FCDF.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?