Provavelmente todo mundo que já viu imagens das paradisíacas ilhas do Havaí chegou a pensar “ah, se eu pudesse e meu dinheiro desse”. Pois o que tem se observado é que as pessoas que não têm problema com a parte do dinheiro estão fazendo exatamente isso: indo para o Havaí. Só que no caso delas, para ficar de vez.

Dentre alguns dos bilionários mais relevantes do mundo, o fundador do eBay, Pierre Omidyar; o chefe da Salesforce, Marc Benioff; o dono da Starbucks, Howard Schultz; a icônica Oprah Winfrey; e até o casal Facebook, Priscilla Chan e Mark Zuckerberg, estão no momento como residentes do arquipélago.

De acordo com a produtora de filmes Allison Sarofim – mais uma ricaça que fincou raízes no Havaí –, ir para lá a ensinou o conceito de pono , que significa viver em harmonia com o outro e com o meio ambiente.

“É um valor fundamental que está profundamente enraizado na cultura havaiana, e espero que as pessoas vejam e entendam essa parte do Havaí, em oposição a simplesmente um belo destino de férias”, diz.

E o êxodo multimilionário teve impacto no local; segundo informações do portal Town & Country, as vendas de propriedades que custam US$ 10 milhões (mais de R$ 47 milhões na cotação atual) ou mais aumentaram seis vezes no ano passado.

“Sempre pensamos que as pessoas queriam experiências autênticas e as incentivamos a vir e viver como um local. Em algum lugar ao longo da linha, as mensagens foram interpretadas como ‘mude-se para o Havaí e torne-se um local’”, diz Chris Kam, presidente da Omnitrak, uma empresa de pesquisa com sede em Honolulu.

Por que?

Para a T&C, a atração do Havaí, além da fantasia escapista , continua sendo seu isolamento e a percepção de que é um lugar seguro para visitar e viver. Além disso, há o fascínio do anonimato de uma zona amplamente livre de tablóides sensacionalistas e paparazzi.

A “corrida bilionária” em terras havaianas está sendo liderada, por hora, por Zuckerberg, que comprou várias centenas de acres em Kauai em 2014 por US$ 53 milhões e desembolsou US$ 120 milhões em expansões subsequentes. Inclusive, sua maior ação filantrópica até hoje foi destinada a uma instituição local – ele doou US$ 50 milhões à Universidade do Havaí.

E você, “fugiria” para o Havaí se fosse bilionário?

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