Na CLDF, Boulos critica Bolsonaro e chama Ibaneis de “populista”
Ex-presidenciável pelo PSol, presidente da sigla se encontrou com Arlete Sampaio e Fábio Felix na Câmara Legislativa
atualizado
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Em visita à Câmara Legislativa nesta segunda-feira (25/3), o candidato derrotado à Presidência da República Guilherme Boulos (PSol) criticou o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) por conta da militarização das escolas no Distrito Federal.
O encontro com os deputados distritais Fábio Felix (PSol) e Arlete Sampaio (PT) fez parte da agenda de Boulos, que está em caravana pelo país contra a reforma da Previdência.
Classificando o governo do emedebista de “populista”, o presidente nacional do PSol criticou as comparações de Ibaneis ao ex-governador Joaquim Roriz.
“Ouvi algumas pessoas o comparando ao Roriz. Mas o que observo é que a celeridade de gestão prometida por ele não é real. A população cobra respostas que até hoje não foram implementadas”, ressaltou Guilherme Boulos.
Os distritais Fábio Felix e Arlete Sampaio relataram a Boulos detalhes de algumas medidas implementadas ou apresentadas pela gestão Ibaneis. Entre as quais a gestão compartilhada com a Polícia Militar em escolas; restrições ao Passe Livre; e redução do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD).
“Não existe impacto da redução desses impostos que ele propôs para a classe trabalhadora, o que consideramos um equívoco”, disse Arlete durante o encontro.
A iniciativa mais criticada foi a gestão compartilhada com militares nas escolas. Para Fábio Felix, caso o projeto tenha sucesso no DF, será uma vitória do presidente da República. “Dando certo em Brasília, esse é o gol do Bolsonaro para emplacar a militarização das escolas em todo o Brasil. Temos que combater a banalização e a fragilidade desse modelo”, destacou o distrital.
Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Boulos participa, na terça (26), de debate na Universidade de Brasília (UnB), às 15h. “Precisamos aproveitar esse momento em que a base do governo ataca Bolsonaro para mostrar a fragilidade desse projeto de precarização para os trabalhadores”, finalizou o ex-concorrente ao Planalto, que defendeu a união entre os partidos de esquerda.