metropoles.com

Juiz proíbe que Vasco Gonçalves, ex-presidente do BRB, volte ao trabalho

O titular da 10ª Vara Federal de Brasília deferiu pedido do MPF, que apontou “risco extremo” do retorno de Gonçalves ao BRB

atualizado

Compartilhar notícia

Daniel Ferreira/Metrópoles
Vasco Cunha Gonçalves
1 de 1 Vasco Cunha Gonçalves - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O juiz titular da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, deferiu pedido do Ministério Público Federal (MPF) para impedir que o ex-presidente do BRB Vasco Cunha Gonçalves exerça qualquer função ou cargo no banco, do qual é empregado. O magistrado também determinou a proibição de acesso dele aos prédios e agências da instituição.

Considerando o que o MPF e o BRB notificaram, o magistrado entendeu que o retorno ao trabalho do ex-presidente poderá “criar situações constrangedoras e indesejáveis, que poderão repercutir no processo e em testemunhas que possam ainda vir a depor (novamente)”. A decisão é do dia 10 de setembro.

Gonçalves foi um dos alvos da Operação Circus Maximus, que denunciou desvios no BRB na gestão dele.

Segundo o MPF, Gonçalves enviou para a superintendente de Gestão de Pessoas, via WhatsApp, a decisão liminar que o autorizava a trabalhar. Para o órgão de investigação, essa atitude “mostrou, implicitamente, uma tentativa em exercer sua influência pelo cargo outrora ocupado, o que, aliado às condutas pelas quais está sendo processado, demonstra que seu retorno ao banco apresenta risco extremo”.

O BRB informou no processo, do qual é assistente de acusação, que instaurou um processo disciplinar interno contra Gonçalves, em 26 de março de 2020, e o afastou das atividades por 60 dias, prazo prorrogável por igual período.

TRF-1

A defesa de Gonçalves entrou com um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) pedindo a revogação de medidas cautelares impostas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em junho de 2019, a fim de que o ex-presidente do BRB pudesse voltar ao serviço. No processo, o advogado Mauro Roza citou que o Gonçalves estava sem trabalhar há mais de um ano.

O desembargador federal Ney Bello deferiu em parte, no dia 19 de março, a liminar para revogar as proibições em relação ao ex-presidente do BRB e manteve apenas o impedimento dele fazer contato com os demais investigados. Em 30 de junho, a 3ª Turma do TRF-1 proferiu acórdão no mesmo sentido.

0
O que diz

Mauro Roza disse à coluna Grande Angular que recorreu contra a decisão da 10ª Vara Federal de Brasília. “O TRF-1, por unanimidade, deferiu a volta ao trabalho. Essa nova decisão contraria o acórdão. Houve supressão de instância”, afirmou.

Segundo o advogado, entre as decisões favoráveis e contrária ao retorno de Gonçalves ao serviço no banco, ele foi realocado e estava em home office.

Circus Maximus

Vasco Cunha Gonçalves é réu no processo decorrente da Operação Circus Maximus, que apontou desvio de R$ 348 milhões no BRB e pagamento de propina de R$ 40 milhões. Os réus respondem por crimes contra o sistema financeiro, gestão fraudulenta, corrupção e lavagem de dinheiro.

Confira, na íntegra, a decisão da 10ª Vara Federal de Brasília:

Juiz proíbe que Vasco Gonça… by Metropoles

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?