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Barracos registrados em cartório: tucanos reagem ao ato de Izalci

Como revelou a Grande Angular, o pré-candidato ao Buriti e presidente do PSDB-DF deu fé pública às discussões em grupo de WhatsApp

atualizado

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Viola Jr/Câmara dos Deputados
izalci lucas
1 de 1 izalci lucas - Foto: Viola Jr/Câmara dos Deputados

Aliados e desafetos do pré-candidato ao Palácio do Buriti e presidente do PSDB-DF, Izalci Lucas, reagiram à matéria do Metrópoles que revelou o registro em cartório, pelo postulante a governador, de mais de 8 mil mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp dos tucanos brasilienses. Em nota de repúdio assinada por filiados e ex-filiados ao partido, a ação de Izalci foi classificada como uma “tentativa de criminalizar” dissidências.

A nota cita outro episódio recente envolvendo uma liderança tucana na capital. Ludmila de Faro passou menos de 24 horas na chefia da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal (Sedestmidh), em dezembro de 2017. Ela deixou o cargo antes mesmo de seu evento de posse, desgastada pela divulgação de um áudio no qual fazia duras críticas ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB) dois meses antes de ser indicada pelo socialista para o primeiro escalão do Governo do Distrito Federal (GDF).

“Lembramos que recentemente uma filiada histórica do partido, Ludmila Faro, foi terrivelmente exposta em sites de notícias por reunião interna gravada e divulgada intencionalmente com o intuito em denegri-la e denegrir o governador do Distrito Federal”, diz a nota. “A reunião vazou de dentro do partido, cujos arquivos são de responsabilidade do seu presidente, somente a ele cabendo acesso ou a quem ele designa”, acrescenta o texto.

“Vivemos tempos difíceis no PSDB-DF, aparelhamento do partido para servir a fins pessoais e familiares de seu interventor, Executiva composta por funcionários em sua quase totalidade, e, agora, a perseguição e tentativa de criminalizar quem pensa diferente e discorda de atitudes tirânicas e antidemocráticas do seu interventor”, prosseguem os autores.

Em outra frente, a Juventude do PSDB no DF saiu em defesa do presidente regional do partido. A indicação de Lucas Pinheiro para a presidência da Juventude tucana local – feita por Izalci, sem eleições – foi o estopim para a extinção do grupo de WhatsApp dos filiados.

“Os simpatizantes de Rollemberg, o pior governador da história do DF, transformaram o grupo em um espaço de destruição da reputação de Lucas, com a anuência ou conivência daqueles que falam na matéria que foi uma ‘quebra de confiança’ o registro em cartório das conversas, e calaram-se diante da barbárie explícita feita com o presidente da Juventude tucana”, diz a nota divulgada pelos jovens tucanos.

Registro em cartório
Ameaçado por ações judiciais movidas por correligionários que tentam destituí-lo da presidência regional do PSDB, Izalci registrou em cartório as mensagens trocadas por integrantes do seu partido no grupo de WhatsApp intitulado PSDB-DF. Com 71 membros, o espaço virtual reunia tucanos históricos da capital, como a ex-governadora Maria Abadia, o ex-distrital Milton Barbosa, o ex-presidente da sigla no Distrito Federal, Márcio Machado, e até o médico Agamenon Martins Borges, investigado por suposto envolvimento na Máfia das Funerárias.

Ao todo, o material levado a cartório por Izalci é quase um dossiê, com mais de 500 páginas de conteúdo abrangente: correntes de oração, notícias falsas, piadas de gosto duvidoso e, principalmente, ataques e trocas de acusações no ninho tucano brasiliense. À coluna, o pré-candidato a governador pela terceira via (aliança de seis partidos) disse que o objetivo de seu ato foi se precaver caso “o celular dê pau ou algo assim”.

De acordo com a ata notarial do 1º Ofício de Notas e Protestos de Brasília, Izalci desembolsou pouco mais de R$ 100 para dar fé pública ao conteúdo virtual. Com o investimento, ele registrou no cartório todas as mensagens postadas no grupo entre os dias 28 de agosto e 5 de dezembro de 2017, quando os administradores desistiram de tentar pôr ordem no espaço e resolveram extingui-lo.

Pouco antes do cancelamento no aplicativo, um dos membros definiu o grupo PSDB-DF como uma “arena sanguinária de ofensas e humilhações”. Não é para menos. Ataques virulentos, ofensas, acusações e ameaças dão o tom de boa parte do conteúdo registrado em cartório por Izalci.

Barracos
As discussões que mais alvoroçaram o ninho virtual dos tucanos brasilienses foram questões internas da sigla no DF: eleições para a escolha do presidente da Executiva local e da Juventude da sigla. Também movimentou o bate-papo o rompimento da ex-governadora Maria de Lourdes Abadia com correligionários e sua aproximação do governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

 

Confira a íntegra da nota divulgada nessa sexta-feira (29/6) por filiados e ex-tucanos do DF:

Nota de repúdio ao vazamento de conversas por parte do deputado izalci:

Nós, filiados e ex-filiados do PSDB-DF, recebemos com preocupação a notícia de hoje do portal Metrópoles do vazamento intencional por parte do deputado Izalci de conversas privadas do grupo de WhatsApp do partido.

Ainda que lá não haja nada que nos desabone, pois o direito em divergir e denunciar mazelas no partido está garantido no estatuto do PSDB, em seu art. 14, e na Constituição Federal, lembramos que recentemente uma filiada histórica do partido, Ludmila Faro, foi terrivelmente exposta em sites de notícias por reunião interna gravada e divulgada intencionalmente com o intuito em denegri-la e denegrir o governador do Distrito Federal. A reunião vazou de dentro do partido, cujos arquivos são de responsabilidade do seu presidente, somente a ele cabendo acesso ou a quem ele designa.

Vivemos tempos difíceis no Partido da Social Democracia Brasileira do DF, o aparelhamento do partido para servir a fins pessoais e familiares de seu interventor, executiva composta por funcionários em sua quase totalidade, agora a perseguição e tentativa de criminalizar quem pensa diferente e discorda de atitudes tirânicas e antidemocráticas do seu interventor.

Após refletirmos sobre a gravidade do caso e o desconhecimento dos fatos, pois quem a essa altura não teve conversas gravadas e vazadas pelo deputado Izalci? – senadores, demais deputados? –, encaminharemos o caso ao conhecimento da executiva nacional do partido para decisão se cabe algum tipo de medida legal.

 

Veja o texto da Juventude do PSDB-DF: 

Nota da JPSDB-DF

A Juventude do PSDB-DF vem a público manifestar-se à respeito da matéria “Izalci registra em cartório barraco histórico do PSDB”.

Lucas Pinheiro é gestor público, militante do partido há mais de 10 anos e filiado há 8 anos, sempre fiel e leal às decisões partidárias, mesmo às que não concordava, seguindo as determinações dos dirigentes partidários conforme prevê o estatuto, pelo seu histórico de luta e de atuação no meio da juventude brasiliense por políticas públicas, foi convidado pelo presidente do PSDB-DF e pré-candidato ao GDF, Izalci Lucas, para ser presidente da Juventude Tucana no DF e, como um soldado do partido, aceitou.

Cabe salientar que a resolução que nomeou a atual executiva da JPSDB-DF foi inovadora no sentido de garantir a plena representatividade de militantes moradores de cidades satélites, dando protagonismo a jovens que antes não tinham espaço na estrutura partidária do PSDB, seja por sua renda ou por ser de cidade periférica.

Outra inovação é que a mesma resolução que nomeou Lucas Pinheiro, nomeou a executiva da juventude tucana do DF com 42% de mulheres. Todas os jovens nomeados têm uma militância histórica e atuação reconhecida publicamente. O que não pode haver é ameaças e ofensas como houve da parte do pequeno grupo ligado a Rollemberg com Lucas Pinheiro. Lucas, por não ter a mesma renda alta de seus detratores, teve que ver ofensas como “vou te dar esmolas”, “você é um fracassado” e também foi chamado de “lixo humano”.

Voltando a ser ataque de ofensas e humilhações no grupo de WhatsApp citado na matéria, resolveu sair do grupo, pois os simpatizantes de Rollemberg, o pior governador da história do DF, transformaram o grupo em um espaço de destruição da reputação de Lucas, isso com a anuência ou conivência daqueles que falam na matéria que foi uma “quebra de confiança” o registro em cartório das conversas no grupo, e calaram-se diante da barbárie explícita feita com o presidente da Juventude Tucana.

Sobre “crise na juventude tucana”, não existe crise. A Juventude do PSDB tem funcionado regularmente, tem tido reuniões nas cidades para falar de Izalci e de Geraldo Alckmin, o número de jovens filiados teve um aumento e as ações da JPSDB-DF são inteiramente apoiadas pela Executiva Regional do PSDB-DF, que conta agora com mais uma mulher e jovem indicada pela JPSDB-DF.

Seguimos guiados no propósito de defender a Social Democracia e de trabalhar para eleger Izalci governador e Geraldo Alckmin presidente. 

Saudações tucanas

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