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Óleo nas praias: ministro bate boca com ONG e deputada do PSol

Ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, acusou o Greenpeace de inventar desculpas para justificar falta de atuação nas praias do Nordeste

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Carlos Ezequiel Vannoni/Agência Pixel Press/Estadão Conteúdo
Óleo na praia dos Carneiros
1 de 1 Óleo na praia dos Carneiros - Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Agência Pixel Press/Estadão Conteúdo

O petróleo que polui o litoral de todos os estados do Nordeste brasileiro já atinge 200 localidades, segundo o último balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) na manhã desta segunda-feira (21/10/2019). Um dos responsáveis pela resposta do governo e que tem sido acusado de omissão, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está usando este início de semana para atuar na guerra cultural sobre o tema.

Pelo Twitter, Salles reclamou do Greenpeace, uma organização não governamental (ONG) de defesa da natureza. “O Greenpeace ‘explicou’ por que não pode ajudar a limpar as praias do Nordeste…. ahh tá…”, escreveu o ministro.

Na sequência, postou trecho de um vídeo no qual um representante da ONG diz que o trabalho de limpeza das praias precisa ser feito com equipamentos técnicos específicos e pelos órgãos responsáveis. A publicação então mostra a imagem de um homem sem camisa recolhendo óleo em uma praia e jogando em sacos de plástico, o que, para Salles, provaria que a ONG está errada.

A postagem recebeu resposta da deputada federal Sâmia Bonfim (PSol-SP), que acusou o ministro de não ter “um pingo de vergonha na cara”.

“Não cumpre com suas obrigações e ainda vem botar a culpa nos outros”, tuitou a psolista. Salles respondeu apelando para o fantasma venezuelano: “Vc é que não tem vergonha. Mas deveria ter, e muita, pois o petróleo que está atingindo o Nordeste e o Brasil é venezuelano, cujo governo ditatorial comunista vocês apoiam”, disparou o ministro.

Análises apontam realmente a Venezuela como país de origem do petróleo que polui o litoral brasileiro, mas, até agora, o governo não fez nenhuma acusação formal ao país vizinho. A principal hipótese investigada para a origem do óleo é um vazamento em alto-mar.

Resposta do Greenpeace
Também pelo Twitter, o Greenpeace reagiu ao ataque do ministro Ricardo Salles. “Durante o final de semana, um dos nossos vídeos foi cortado e editado para tirar de contexto uma fala do nosso porta-voz sobre as manchas de óleo. O corte foi publicado pelo ministro”, escreveu o perfil oficial da ONG.

“No lugar de agir de forma concreta, Salles prefere culpar ONGs como o Greenpeace. O ministro MENTE e espalha falácias sobre a atuação de ONGs, como vimos nas queimadas na Amazônia, como forma de desviar a atenção da sua própria inação e incompetência”, atacou ainda o Greenpeace em uma série de postagens. A ONG informa que, inclusive, seus voluntários estão atuando na limpeza do óleo.

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