Collor: “Ação penal não é palanque para justiceiros de plantão”
Alvo da PF na semana passada, o senador disse que operação foi “insana” e a acusação de lavagem de dinheiro, “inverossímil”
atualizado
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Após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal, o ex-presidente da República e senador Fernando Collor (Pros-AL) disse nesta segunda-feira (14/10/2019) que “o processo penal não pode se converter em palanque a serviço autopromocional de inquisidores ocasionais e justiceiros de plantão”.
Ele afirmou ainda ter sido vítima de uma “insana e inverossímil” acusação e que “procurador não é juiz”, além de desafiar as entidades a divulgarem provas contra ele. O ex-presidente é suspeito de fazer parte de um esquema de lavagem de dinheiro por meio de compras de imóveis.
No início desta tarde, Collor discursou no plenário do Senado Federal. “Procurador não é juiz, delação não é prova. Suspeição não é sentença. Mil buscas houvesse na minha residência, mil vezes sairiam de la de mãos vazias, porque não tenho a mais mínima vinculação com os fatos noticiados. Essa insana inverossímil acusação”.
Aos parlamentares, Collor “desafiou” a PF e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, responsável por autorizar a investigação, a “mostrar as provas e a deixar o ambiente de sigilo e fofoca”.
“Da perplexidade à mais profunda indignação, tenta criminosamente ligar alguma coisa a lugar nenhum. Repilo com veemência a acusação. Não tenho absolutamente nada a ver com as aquisições. Sequer há um indício que se pode levar a sério nesse aspecto”, justificou.