Vídeos: bombeiros acham mais corpos em Petrópolis; há 54 mortos
Força da água arrastou carros, causou ao menos 180 deslizamentos e destruiu casas. Buscas por desaparecidos continuam nesta quarta
atualizado

Rio de Janeiro – O temporal que atingiu a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (15/2), causou mais de 180 deslizamentos e matou ao menos 54 pessoas, segundo informou a Defesa Civil do município por volta das 11h30 desta quarta-feira (16/2).
O número de vítimas cresce a cada atualização feita pelas autoridades nesta manhã. O Corpo de Bombeiros não tem ideia do total de desaparecidos.
Em diversos pontos da cidade, a destruição remete a um cenário de guerra, como reconheceu o próprio governador do Rio, Cláudio Castro.
A prefeitura decretou estado de calamidade pública. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em agenda na Rússia, se solidarizou com as vítimas e deve visitar o local da tragédia no fim de semana.
O Alto da Serra foi um dos lugares mais devastados. De acordo com a prefeitura, pelo menos 80 casas foram atingidas pela barreira que caiu no Morro da Oficina.

Cidade registrou ao menos 160 deslizamentos Reprodução/Redes sociais

Centro de Petrópolis ficou completamente alagado Reprodução de redes sociais

Força da água foi registrada em diversos vídeos Reprodução de redes sociais

Comércio local teve lojas destruídas pela água Reprodução de redes sociais

As ladeiras de Petrópolis intensificaram ainda mais a força da água Reprodução

Número de mortos segue aumentando nas horas seguintes à tragédia Reprodução de redes sociais

Tragédia em Petrópolis: chuvas começaram no fim da tarde Reprodução

Volume de água devastou ruas e bairros da cidade de Petrópolis Reprodução

Cena de destruição se repete em diversos pontos da cidade de Petrópolis Reprodução

Foram registrados mais de 160 deslizamentos em Petrópolis Reprodução de redes sociais

Centro de Petrópolis foi tomado pela água Reprodução de redes sociais

Dezenas de carros foram levados pela força das águas Reprodução de redes sociais

Pontos de alagamento por toda a cidade de Petrópolis Reprodução
Foram seis horas de chuva. Em três horas, o volume já superava a previsão para todo o mês de fevereiro. A força da água arrastou carros. Uma cachoeira se formou nas ruas. A Defesa Civil recebeu ao menos 263 chamados de pessoas que moram nos locais atingidos. As buscas por vítimas continuam.
A Região Serrana do Rio de Janeiro viveu a maior tragédia climática da história do Brasil em 11 de janeiro de 2011, quando a chuva que caiu naquele dia deixou mais de 900 mortos e quase 100 desaparecidos.
A tragédia se repete 11 anos depois. Moradores de Petrópolis informaram que o atendimento médico na cidade está caótico. Nessa terça, todas as sirenes foram acionadas, alertando os residentes das áreas de risco. A subida para Petrópolis foi interditada por causa de queda de barreira na BR-040.
Em vídeos que circulam pelas redes sociais, é possível ver o terror e o rastro de destruição deixados pela chuva. Confira:
Situação gravíssima provocada pelas chuvas em Petrópolis. O governo estadual e federal precisam agir imediatamente para socorrer os moradores da cidade. Falei com o prefeito @rubensbomtempo e vamos ajudar no que for necessário. pic.twitter.com/YJQEH0DvnZ
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) February 15, 2022
Petrópolis hoje…😳😳😳 pic.twitter.com/tAoMgK0kZZ
— Paulo Macedo (@PauloMa03343845) February 15, 2022
Chocada com as imagens que chegam de Petrópolis. Cada ano tudo piora, as mudanças climáticas ficam mais fortes (e mais evidentes) e nada é feito. Nada. Estamos muito lascadas. pic.twitter.com/yvO17fDg2s
— Lana 🏳️⚧️ LINDA & QUEBRADA (@lanadeholanda) February 16, 2022
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, classificou como um cenário de guerra o resultado das chuvas na região. “Estou pessoalmente aqui e só sairei depois que tivermos com o trabalho 100% organizado”, disse, por meio das suas redes sociais.
Estamos em Petrópolis articulando toda a ajuda necessária neste momento. Ao meu lado, estão os secretários do Estado e o presidente da @alerj, @AndreCeciliano. pic.twitter.com/xvWa0uMkbl
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) February 16, 2022