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Polícia Federal prende Roberto Jefferson por ataques à democracia

Alexandre de Moraes, do STF, pediu prisão do ex-deputado no âmbito do inquérito sobre organização criminosa digital contra a democracia

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
roberto jefferson
1 de 1 roberto jefferson - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (13/8) a prisão do ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para atacar a democracia. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência dele.

O pedido de prisão partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson numa espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições. A investigação faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do que tratava dos atos antidemocráticos, para apurar a atuação de uma organização criminosa digital.

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Na decisão, Moraes sustenta que a prisão preventiva se justifica pelos crime de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa e denunciação caluniosa.

O ministro também determinou a apreensão de computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos de Jefferson e o acesso a mídias de armazenamento (inclusive celulares, HDs, pen-drives apreendidos, materiais armazenados em nuvem).

Ainda, Moraes determinou o bloqueio das contas em redes sociais, com foco no Twitter, justificando que o ato é “necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrários às Instituições Democráticas e às eleições, em relação ao perfil @BobJeffRoadKing”.

Pelo Twitter, o ex-deputado afirmou que a PF estava na casa da ex-mulher dele. “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, afirmou. Roberto Jefferson tem usado um perfil alternativo na rede social desde que a conta oficial foi retida pela plataforma.

Em outra publicação, Roberto Jefferson se queixou da determinação: “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu. Na sequência, o político chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “cachorro do STF” e relacionou as ações do Supremo às da Venezuela.

Delator do escândalo do Mensalão, o ex-deputado já foi preso após condenação no caso. Atualmente, Jefferson é aliado do presidente Jair Bolsonaro e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo. Ele também já convidou o mandatário a se filiar ao PTB.

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