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Ministros da Saúde e dos Transportes tomam posse. Outras trocas vêm aí

Esta é a primeira de várias cerimônias até sábado (7), prazo máximo para a saída dos que pretendem disputar as eleições

atualizado

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Igo Estrela/Metropoles
Temer e Occhi
1 de 1 Temer e Occhi - Foto: Igo Estrela/Metropoles

O presidente Michel Temer (MDB) começou a semana dando posse a dois novos ministros. A partir desta segunda-feira (2/4), Gilberto Occhi, que estava na Caixa Econômica Federal (CEF), comanda o Ministério da Saúde, enquanto Valter Casimiro Silveira fica à frente da pasta de Transportes, Portos e Aviação Civil.

Em seu discurso, o chefe do Executivo nacional elogiou o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros, o trabalho realizado por Occhi no banco e também o titular da Fazenda, Henrique Meirelles. E pediu diálogo e união por parte dos novos ministros. “Acima de todos nós, está o país, bem como as instituições, e por isso o Brasil prosperará”, disse o emedebista, que cometeu uma gafe logo no início de sua fala, ao saudar “o presidente do Supremo” dirigindo-se a Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do Senado.

Temer ainda comentou a importância dos direitos individuais dos cidadãos, o que, para muitos, foi uma referência a Operação Skala,realizada na última quinta-feira (29/3), e que levou dois de seus amigos à prisão. “Queremos enfatizar o tema das liberdades individuais, do devido processo legal, da obediência estreitíssima aos termos da Constituição. Nós colocamos lá [na Constituição]: o Brasil é um Estado Democrático de Direito. A mensagem que se deu, nós, como servos da Constituição: ‘Olha, conduza-se pelos termos desta Constituição, não saia dela, porque sair dela é desviar-se dos propósitos democrático”, completou.

Os novos ministros
Occhi assume a Saúde por indicação do PP, partido de Barros (PR), que deixa o cargo para tentar reeleição à Câmara dos Deputados. Na Caixa, o comando fica agora com Nelson Antônio de Souza. Ele era o vice-presidente de Habitação do banco.

Já Valter Casimiro entregará a direção-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para assumir a pasta dos Transportes no lugar do deputado Maurício Quintella (PR-AL), que tentará uma vaga no Senado.

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Michel Temer e Valter Casimiro Silveira, novo ministro dos Transportes

Troca-troca
Esta foi apenas a primeira de várias cerimônias de posse previstas para acontecer até sábado (7), prazo máximo para a desincompatibilização dos ministros com pretensão de disputar as eleições deste ano. Nesse domingo (1º), o presidente da República já oficializou que, no Ministério do Planejamento, sai Dyogo Oliveira – ele vai para o BNDES – e assume Esteves Pedro Colnago.

Henrique Meirelles também é outra baixa na Esplanada. O ministro da Fazenda irá se filiar ao MDB nesta terça (3), com o objetivo de concorrer ao Planalto ou ser vice em uma chapa encabeçada por Temer. A pasta deverá ser comandada pelo atual número dois, o secretário-executivo Eduardo Guardia, mas o nome ainda não foi cravado.

Ainda deixarão o governo os titulares do Turismo, Marx Beltrão, e da Educação, Mendonça Filho. Também há expectativa sobre a saída dos ministros do Desenvolvimento Social, Osmar Terra; de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho; da Integração Nacional, Helder Barbalho; e do Esporte, Leonardo Picciani.

A intenção de Temer com as trocas no comando das pastas não é apenas dar continuidade à política de governo. Ele quer aproveitar o momento para mostrar poder de reação, além de passar a ideia de que não foi afetado pelas recentes prisões da Operação Skala. Durante a ação da Polícia Federal (PF), dois amigos próximos do emedebista, José Yunes e o coronel Lima, foram detidos. Ambos são suspeitos de intermediar propina para o presidente em troca da chancela do decreto que beneficia empresas do setor portuário.

O Planalto está preocupado quanto à possibilidade da apresentação de nova denúncia contra Temer após a operação. Vale lembrar que, por duas vezes, a Câmara dos Deputados conseguiu barrar acusações do ex-procurador-Geral Rodrigo Janot. Mas aliados do presidente acreditam que, se mesmo uma terceira denúncia for travada, a existência da acusação diminui ainda mais as chances de reeleição do chefe do Executivo nacional.

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