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Michel Temer ainda está no Palácio do Jaburu

O Planalto comemorava, na noite de terça-feira (31/8), a decisão da bancada de três senadores do Maranhão que sinalizou que votará a favor do impeachment de Dilma

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Ichiro Guerra/PR
Palácio do Jaburu, residência oficial onde Geraldo Alckmin irá morar
1 de 1 Palácio do Jaburu, residência oficial onde Geraldo Alckmin irá morar - Foto: Ichiro Guerra/PR

O presidente em exercício, Michel Temer, ainda está no Palácio do Jaburu, sua residência oficial, mas a previsão inicial é de que ele vá para o seu gabinete no Palácio do Planalto para se reunir com seus principais ministros e guardar a votação pelo plenário do Senado que definirá se a presidente afastada Dilma Rousseff deixará mesmo definitivamente o cargo.

A terça-feira (30/8), foi de monitoramento e conversa com os aliados para assegurar o cumprimento da planilha de votos, que o governo assegura que é favorável a Temer. “Concluídas as manifestações dos Senhores Senadores, meu placar permanece o mesmo: 60 / 61 votos pelo sim. Salve a democracia!”, disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pelas redes sociais, na manhã desta quarta-feira.

O Planalto comemorava, na noite de terça, a decisão da bancada de três senadores do Maranhão que sinalizou que votará a favor do impeachment de Dilma.

O governo continua sem contar e sem saber, exatamente, se o presidente do Senado, Renan Calheiros, vai votar a favor do impeachment, ou vai se manter na “posição de magistrado”. Como Renan é imprevisível, só resta aguardar, embora Temer e Renan tenham se encontrado pessoalmente na terça e se falado várias outras vezes, o que deverá se repetir quarta.

Os dois têm discutido também o rito da posse que será rápido e sem pompas. O governo sabe, no entanto, que antes do processo de votação se iniciar, os petistas e aliados de Dilma podem usar de vários artifícios para atrasar o início da votação e eles esperam que o presidente do STF esteja atento a estas manobras.

No Planalto, está tudo preparado para que Temer assuma definitivamente o cargo, vá ao Congresso com seus ministros tomar possa, volte para comandar a sua primeira reunião ministerial como efetivo e ali dê o seu primeiro recado já no cargo , grave seu pronunciamento que irá ao ar e cadeia de rádio e TV à noite, e embarque para a China para participar a reunião do G-20.

Na Base Aérea de Brasília, Temer transmitirá o cargo de presidente da República ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que, em seguida, deverá ir para o Planalto despachar. A cerimônia de posse na base aérea, no entanto, repetindo praxe iniciada no governo petista, será sem a presença da imprensa.

Nos governo anteriores, a imprensa podia registrar o embarque do presidente para o exterior e o aperto de mão protocolar de transmissão do cargo.

Padilha
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, não vai mais embarcar para a China com o presidente em exercício. Os dois entenderam que era melhor que Padilha, que é uma espécie de gerente do governo, ficasse no País para ajudar a tocar as primeiras medidas que o governo quer anunciar depois de sua volta de viagem, assim como monitorar as votações no Congresso.

Padilha e Temer ficaram juntos no gabinete presidencial até depois das 23 horas da terça-feira, 30, quando Temer saiu para o Jaburu e eles decidiram de Padilha deveria ficar. O governo sabe da dificuldade de segurar os parlamentares em Brasília depois do processo de votação do impeachment, já que todos estão em plena campanha eleitoral, em suas bases e querem ajudar seus candidatos. As MPs perdem a validade na semana que vem.

Padilha, assim como Temer e o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira LIma, ficaram até de madrugada assistindo a sessão no plenário do Senado, que se estendeu até depois das duas da manhã. Ficando em Brasília, Padilha vai fazer dobradinha com Geddel para ajudar nestas votações no Congresso. Temer só retorna ao Brasil na manhã do dia 7 de setembro, quando participa da cerimônia do dia da Pátria e depois, segue para o Rio para a abertura das Paralimpíadas.

O governo quer acompanhar as votações das Medidas Provisórias que estão próximas de vencer. A primeira, é a que cria o PPI – Programa de Parcerias de Investimentos, que foi criado por Temer para cuidar das concessões e dos investimentos em infraestrutura em seu governo e que vai servir para a “ampliação e fortalecimento da interação entre o Estado e a iniciativa privada por meio da celebração de contratos de parceria para a execução de empreendimentos públicos de infraestrutura e de outras medidas de desestatização.

A outra MP é a que trata da reestruturação do governo com enxugamento dos ministérios. O governo quer aproveitar o quórum alto desta quarta-feira, que terá sessão do impeachment, para, em seguida, conseguir fazer a votação. Governo quer dar prosseguimento também às votações de outras medidas do ajuste fiscal. Temer está pressionando para aprovação de medidas do ajuste porque acredita que só com isso será possível o País voltar a crescer.

O presidente quer ainda que seja adiantada a preparação das reformas que o governo quer encaminhar para o Congresso, uma delas é da Previdência, que Temer tem insistido que quer mandar para o Congresso, antes das eleições municipais, para que seu governo não seja acusado de estelionato eleitoral. Mas aliados de Temer, candidatos às prefeituras, pressionam para que esse envio fique para depois porque temem que isso possa atrapalhar seus planos junto aos eleitores.

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