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Ex-aliados de Bolsonaro repudiam recriação de ministério e nome do Centrão

O presidente decidiu recriar a pasta das Comunicações e indicar Fábio Faria (PSD-RN), ligado ao bloco, para chefiá-la

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Janaína Paschoal
1 de 1 Janaína Paschoal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), decidiu recriar o Ministério das Comunicações e anunciou um nome do Centrão para assumir a chefia do órgão. A escolha, no entanto, não agradou ex-aliados, que usaram as redes sociais para acusar o chefe do Executivo de passar por cima das promessas feitas na campanha eleitoral.

Segundo deputados do PSL, ex-partido de Bolsonaro, ele aceitou a indicação de Fábio Faria (PSD-RN) para tentar uma aproximação com o bloco. Mas, com isso, se afasta do que pregou durante as eleições de 2018: a redução de ministérios e o fim das trocas políticas.

O Ministério das Comunicações foi recriado nessa quarta-feira (10/06), por ordem de Bolsonaro, após ser desmembrado do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O presidente justificou a escolha de Faria para a pasta pela relação com Silvio Santos, dono do SBT, — o novo ministro é casado com a filha do empresário, a apresentadora Patrícia Abravanel — e negou que a nomeação seja fruto de sua aproximação com o Centrão.

Críticas

Ex-apoiadora ferrenha de Bolsonaro, a deputada federal Janaína Paschoal (PSL-RJ), que nos últimos tempos vem criticando a postura do chefe do Executivo, se manifestou sobre o assunto. Segundo ela, o Brasil não precisa de um novo ministério e sim de cortes nos gastos públicos.

“Apesar de toda dificuldade que o governo tem em se comunicar, definitivamente, o Brasil não precisa de um Ministério das Comunicações. Precisamos é proibir verbas públicas em publicidade, no âmbito federal, estadual e municipal”, escreveu.

Para Janaína, Bolsonaro está “se iludindo” ao pensar que o Centrão irá “blindá-lo”. “Melhor seria ficar fiel aos princípios que defendeu na campanha eleitoral! Dilma chegou a ter mais de 30 ministérios. Fosse fiel ao que prometeu, estaria muito mais forte. É triste”, disse.

Antes aliada, que agora se intitula anti-Bolsonaro, a deputada federal Joice Jasselmann (PSL-SP) também repudiou a atitude do presidente.

“Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão…”, diz General Heleno. Jair Bolsonaro entregando as calças pro Centrão. Dps de encher as burras da Record de dinheiro, recria um Ministério e dá ao genro do Silvio Santos. É aparelhamento q se chama? Ou feira livre mesmo?”, questionou a parlamentar no Twitter.

No mesmo tom, o deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP) lembrou a promessa de campanha do presidente de reduzir o número de pastas do Executivo federal, afirmando que o presidente não tem palavra.

“Mais um dos tantos atos que comprovam que Jair Bolsonaro se utilizou de um discurso em campanha. Na prática é o oposto. Recria ministérios e loteia cargos. Nunca foi um reformista. Nem um homem de palavra. Em campanha, prometeu 15 ministérios. Já são 23”, escreveu.

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