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“Eu não calço os sapatos do presidente”, diz Mourão

Vice-presidente foi questionado sobre pedidos de impeachment que Bolsonaro pretende apresentar contra ministros do STF

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mourão e presidente Jair Bolsonaro durante “Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro”. Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Mourão e presidente Jair Bolsonaro durante “Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro”. Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao comentar a intenção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de apresentar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que não pode julgar se faria igual na mesma situação.

“Eu não sou o presidente. Eu não calço os sapatos do presidente. Minha situação é bem mais confortável”, declarou Mourão, ao chegar em seu gabinete no anexo do Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (20/8).

De acordo com o general, o pedido de impeachment está dentro do que a Constituição prevê. “Compete ao Senado, começa pelo presidente do Senado analisar e ver se é o caso de colocar em andamento. Então, mais uma vez te digo, é uma luta política, dentro daquilo que prescreve a Constituição”, ponderou.

No fim de semana, Bolsonaro anunciou que vai pedir ao Senado Federal o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, este último também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ameaça foi reforçada pelo presidente nesta semana, mas aliados tentam demovê-lo da iniciativa.

Um desses aliados, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, reuniu-se com o presidente do STF, Luiz Fux, na quarta-feira (18/8), para mostrar que está atuando como bombeiro da situação. O titular da pasta federal também insistiu para que o diálogo da Corte com Bolsonaro seja retomado.

Primeira vez

Caso concretize a apresentação do pedido, será a primeira vez que um presidente da República vai requerer o impedimento de ministros do Supremo. Até hoje, nenhum pedido prosperou no Senado.

A ação de Bolsonaro tem potencial de tensionar a relação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que tem tentado atuar de forma moderadora entre os Poderes.

Na última terça-feira (17/8), Pacheco disse que um processo de impeachment, nesse momento, “não é recomendável para um Brasil que espera uma retomada do crescimento”.

Ao ser questionado especificamente sobre a promessa do chefe do Executivo federal, o parlamentar disse que é preciso aguardar para saber se o fato vai se concretizar.

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