metropoles.com

Bolsonaro pede para “não correr” com vacina e defende “cura” com cloroquina

Presidente disse que espera divulgação de resultados em revista científica e defende cura com cloroquina, ivermectina e nitazoxanida

atualizado

Compartilhar notícia

Igo Estrela/Metrópoles
bolsonaro e cloroquina
1 de 1 bolsonaro e cloroquina - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu que não se deve “correr” para produzir a vacina contra a Covid-19. Durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (26/10), o chefe do Executivo reforçou ser demorado o processo de produção de um imunizante e citou o processo mais rápido na produção de uma vacina, contra a caxumba, que durou quatro anos.

Como opção, Bolsonaro sugeriu investir na “cura” com hidroxicloroquina, ivermectina ou nitazoxanida.

“O que a gente tem que fazer aqui é não querer correr, não querer atropelar, não querer comprar dessa ou daquela sem nenhuma comprovação ainda. A gente aguarda, para melhor poder falar sobre esse assunto, a publicação disso numa revista científica. Agora, pelo o que tudo indica, todo mundo diz que a vacina que menos demorou até hoje foram quatro anos. Eu não sei por que correr em cima dessa”, disse.

0

O presidente tornou a usar o próprio exemplo para defender o uso da hidroxicloroquina para pacientes com o novo coronavírus, mesmo com vários estudos comprovando a ineficiência do medicamento contra a doença – o mais recente com resultados publicados a partir de pesquisa da Universidade da Pensilvânia.

“Eu dou minha opinião pessoal. Não é mais barato nem fácil investir na cura do que na vacina? Ou jogar nas duas, mas também não esquecer a cura. A cura aí… eu, por exemplo, sou um testemunho. Eu tomei a hidroxicloroquina, outros tomaram ivermectina, outros tomaram Anitta, e deu certo. E, pelo o que tudo indica, todo mundo que tratou precocemente com uma dessas três alternativas foi curado”, assegurou.

Judicialização da vacina

Após dizer que não compraria vacina chinesa e pôr em cheque o imunizante devido ao país de origem, Bolsonaro criticou o que chamou de “judicialização” da vacina. Na semana passada, o presidente e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), protagonizaram um embate em torno da Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan.

“Mas hoje vou estar com o ministro Pazuello, da Saúde, para poder tratar desse assunto, porque temos uma jornada pela frente onde parece que foi judicializada essa questão, e eu entendo que isso não é questão de Justiça, isso é questão de saúde. Não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar vacina, não existe isso daí. Nós queremos é buscar solução para o caso”, afirmou.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, já defendeu que a solução do caso deve passar pela Justiça.

“Agora, podem escrever, haverá uma judicialização, que eu acho que é necessária, sobre essa questão da vacinação. Não só a liberdade individual, como também, digamos assim, os pré-requisitos para se adotar uma vacina”, disse Fux na última sexta-feira (23/10).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?