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Bolsonaro pede apoio da bancada ruralista para eleger Arthur Lira na Câmara

Líder do Centrão é o candidato do Planalto na corrida pela presidência da Casa. Adversário de Lira é o deputado Baleia Rossi (MDB-SP)

atualizado

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Jair Bolsonaro e Arthur Lira
1 de 1 Jair Bolsonaro e Arthur Lira - Foto: Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu, nesta segunda-feira (11/1), o apoio da bancada ruralista na corrida rumo à presidência da Câmara dos Deputados. O pedido ocorre após o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), declarar apoio a Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Casa.

“Todo esse pessoal do campo tem que tá comigo, pô. Esse é o mínimo de razoabilidade que eu peço para eles, para a gente pode levar nossas pautas para frente. […] O mínimo que eu peço para os parlamentares do campo, que [sic] eu tenho profunda gratidão e apreço, que vote no nosso candidato para a Mesa para a gente não deixar mais caducar medidas provisórias”, afirmou o presidente a apoiadores, no Palácio da Alvorada.

O Palácio do Planalto apoia o deputado Arthur Lira (PP-AL) para assumir o comando da Câmara. O parlamentar é um dos líderes do bloco conhecido como Centrão, que reúne siglas de centro-direita e, desde meados do ano passado, dá apoio ao Planalto em troca de cargos no governo.

Lira conta com o apoio de PP, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Pros, Patriota, PSC e Avante, num total de 193 parlamentares. O PTB, com 11 deputados, e o Podemos, com 10, devem seguir com ele, totalizando 214.

Como principal adversário, Lira terá o deputado Baleia Rossi. Ele conta com o apoio de PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede. Juntas, as siglas somam 261 parlamentares.

A eleição da Mesa Diretora da Câmara está prevista para 1° de fevereiro e ocorre sob voto secreto — que abre margem para potenciais “traições”. Para ser eleito, o candidato necessita de 257 votos.

Durante conversa com apoiadores, Bolsonaro também afirmou que a decisão pelo comando da Casa deve ocorrer “pelo coração”, “não pela razão”. Ele ainda disse que, “pessoalmente”, não tem “nada contra” Baleia Rossi, mas que o parlamentar tem o apoio de partidos da esquerda, o que faria com que eventuais propostas do governo não avançassem na Câmara.

“Nada, pessoalmente, contra o candidato que está do outro lado. Pessoalmente. Gosto dele. Agora, ele tá junto com PT, PCdoB e PSol. Pessoalmente, nada contra ele, mas mas a gente fica preocupado […] que a esquerda quer também uma reforma sindical, a volta do imposto sindical, para continuar infernizando quem produz no Brasil”, acrescentou.

Lira diz que “não tem chefe”

Nesta segunda, durante coletiva à imprensa, o deputado Arthur Lira, apoiado por Jair Bolsonaro, buscou se distanciar da pecha de candidato do governo. Ele destacou que o adversário, deputado Baleia Rossi, também faz parte da base aliada.

Lira, todavia, frisou que não tem “chefe”, como o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse no último sábado (9/1).

“O outro candidato é tão base de governo quanto eu. Que fique claro. As duas [candidaturas] são da base do governo, o que me diferencia do outro candidato é que sou exclamação, sou afirmação, reto, franco, direto, não tenho patrão. […] Eu não tenho dono, não tenho chefe, não tenho tutor, não tenho patrocinador”, afirmou.

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