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Bolsonaro exonera Pedro Guimarães; Daniella Marques assume a Caixa

Funcionárias do banco denunciaram Guimarães por assédio sexual. O caso, que corre em sigilo no MPF, foi revelado pelo Metrópoles

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Pedro Duarte Guimarães presidente da caixa economica federal no governo Jair Bolsonaro
1 de 1 Pedro Duarte Guimarães presidente da caixa economica federal no governo Jair Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou, na noite desta quarta-feira (29/6), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O decreto mostra que a exoneração ocorreu “a pedido” de Guimarães. Na mesma publicação, o chefe do Executivo federal nomeou Daniella Marques para assumir o comando do banco público. Ela era secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia e considerada o “braço direito” do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Daniella Marques foi a escolhida por Bolsonaro para assumir o comando da Caixa

A demissão de Guimarães ocorre um dia após a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, revelar que o agora ex-presidente da Caixa é acusado por um grupo de funcionárias do banco de assédio sexual (leia mais abaixo). O caso é investigado, sob sigilo, pelo Ministério Público Federal.

Após a revelação do caso, Guimarães conversou ao menos duas vezes com Bolsonaro. Uma na noite de terça-feira (28/6), no Palácio da Alvorada, e outra na manhã desta quarta, no Palácio do Planalto.

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Daniella Marques, escolhida para liderar a Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães
Daniella Marques foi a escolhida para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal
No governo federal desde 2019, Marques é considerada o braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes
Desde 2 de fevereiro, ela ocupava o cargo de secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Antes, atuou como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos de Guedes
Marques é formada em administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e fez MBA (modalidade de pós-graduação) em finanças pelo Ibmec
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Daniella Marques, escolhida para liderar a Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães

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Daniella Marques, escolhida para liderar a Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães

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Daniella Marques foi a escolhida para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal

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No governo federal desde 2019, Marques é considerada o braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes

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Desde 2 de fevereiro, ela ocupava o cargo de secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Antes, atuou como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos de Guedes

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Marques é formada em administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e fez MBA (modalidade de pós-graduação) em finanças pelo Ibmec

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Carta de demissão

Na tarde desta quarta, Pedro Guimarães escreveu uma carta na qual nega as denúncias, ressalta conquistas durante sua gestão e diz prezar pela “garantia da igualdade de gêneros” e pela “liderança feminina em todos os níveis da empresa”.

Ele estava à frente do banco desde o início do governo Bolsonaro, em 2019. Depois de as denúncias virem a público, a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, também determinou que a corte fiscalize os mecanismos de “prevenção e combate” ao assédio existente na Caixa Econômica Federal.

Leia a íntegra da carta aqui.

Denúncias de assédio sexual

Um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e denunciar as situações pelas quais passaram. Todas elas trabalham ou trabalharam em equipes que servem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa.

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Graças à visibilidade que ganhou a partir da entrada para o governo, Pedro Guimarães planejava até sair candidato a deputado ou a senador nas próximas eleições
Nos bastidores da Caixa, já há algum tempo correm relatos de que, para além de questionáveis sessões de coaching impostas aos empregados, Guimarães coleciona episódios de assédio sexual dentro do banco
No fim do ano passado, um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e denunciar as situações de assédio pelas quais passaram
As mulheres relatam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e funcionárias sob seu comando
A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma investigação, que está em andamento, sob sigilo, no Ministério Público Federal
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Pedro Duarte Guimarães, 51 anos, assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal logo após a posse de Jair Bolsonaro

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Graças à visibilidade que ganhou a partir da entrada para o governo, Pedro Guimarães planejava até sair candidato a deputado ou a senador nas próximas eleições

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Nos bastidores da Caixa, já há algum tempo correm relatos de que, para além de questionáveis sessões de coaching impostas aos empregados, Guimarães coleciona episódios de assédio sexual dentro do banco

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No fim do ano passado, um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e denunciar as situações de assédio pelas quais passaram

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As mulheres relatam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e funcionárias sob seu comando

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A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma investigação, que está em andamento, sob sigilo, no Ministério Público Federal

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Cinco concordaram em dar entrevistas para o colunista Rodrigo Rangel, desde que suas identidades fossem preservadas. Elas dizem que se sentiram abusadas por Pedro Guimarães em diferentes ocasiões, sempre durante compromissos de trabalho.

As mulheres relatam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e as funcionárias sob seu comando.

A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma investigação, que está em andamento, sob sigilo, no Ministério Público Federal.

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