metropoles.com

Bolsonaro diz que seu maior sonho é aprovar o excludente de ilicitude

A proposta estava incluída no Pacote Anticrime do ex-ministro Sérgio Moro apresentada à Câmara dos Deputados, em 2019, mas foi reprovada

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Instagram
Ibama armas caça javali Bolsonaro
1 de 1 Ibama armas caça javali Bolsonaro - Foto: Reprodução/Instagram

Fora da agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, na manhã desta sexta-feira (13/5) da cerimônia de entrega de espadim aos cadetes da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo. Em sua fala, o mandatário defendeu uma pauta que há tempo não era citada: o excludente de ilicitude.

Bolsonaro iniciou o discurso afirmando que seu “grande sonho” à frente da Presidência da República era aprovar a proposta. Segundo ele, “precisaria ser compartilhado com o Parlamento”.

“Gostaria muito, de um dia, aprovar o excludente de ilicitude, para que vocês, após o término da missão, fossem para casa se recolher no calor de seus familiares e não esperar a visita de um oficial de Justiça”, disse o presidente aos presentes na cerimônia.

“Com todo o respeito aos profissionais da segurança pública, temos que diminuir a letalidade sim, mas é a do cidadão de bem e de pessoas como vocês. E não da bandidagem. Se vocês, na rua, portam uma arma na cintura ou no peito é para usá-la. Nós, chefes do Executivo, quer seja o presidente ou governadores, devemos dar respaldo e segurança após o cumprimento da missão”, argumentou o chefe do Executivo.

Bolsonaro também falou do período de ditadura militar, ao celebrar a união dos militares das Forças Armadas com os das “forças auxiliares” diante do “inimigo” do regime. “No passado, sempre as FA e as policiais tiveram juntos. Nesse momento, nos anos 1970, não foi diferente. O grande inimigo nosso eram aqueles que não queriam roubar não o nosso patrimônio, mas nossa liberdade”, salientou.

Excludente de ilicitude

A pauta do excludente de ilicitude prevê a proteção de agentes de segurança que, por “violenta emoção, escusável medo ou surpresa”, cometem excessos no exercício da função.

Em 2019, no começo do governo, o então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, apresentou à Câmara dos Deputados o chamado Pacote Anticrime. Nele, o governo tentou emplacar, sem sucesso, o benefício aos policiais.

Em dezembro daquele ano, a proposta passou na Casa por 408 votos a nove e duas abstenções. Apesar do excludente – classificado por especialistas como uma “licença para policiais matarem” – ter sido rejeitado, a pauta seguiu contendo pontos como restrição à liberdade provisória e aumento de tempo para progressão de regime.

Números

Segundo o 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta dados desde 2013, o Brasil teve em 2020 o maior número de pessoas mortas pelas polícias Civil e Militar.

Foram 6.416 mortos na situação, por agentes de folga ou em serviço. Ou seja, aumento de 1% em comparação com 2019. Segundo o relatório, 50 cidades de 16 estados concentraram mais 55% de todas as mortes cometidas por policiais no ano de 2020

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?