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Bolsonaristas inflamam as redes contra reeleição de Rodrigo Pacheco

Usuários contrários ao senador publicaram mais de 19 mil tuítes criticando a candidatura à reeleição do político com a frase: “Pacheco não”

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Rodrigo Pacheco e Jair Bolsonaro conversam de máscara durante abertura da legislatura de 2022 - Metrópoles
1 de 1 Rodrigo Pacheco e Jair Bolsonaro conversam de máscara durante abertura da legislatura de 2022 - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram as redes sociais, nesta quinta-feira (26/1), para promover uma verdadeira campanha contra a reeleição do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Presidência do Senado Federal. Até a publicação desta reportagem, a frase “Pacheco não” havia sido replicada mais de 19,3 mil vezes.

Um dos pontos apresentados pelos bolsonaristas para externar contrariedade à candidatura de Pacheco foi a oficialização do apoio da bancada do PT no Senado à sua reeleição.

Pesa contra ele também o aval dado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que parlamentares da base do governo viabilizem a reeleição do senador mineiro. Em várias publicações, os bolsonaristas associam o atual presidente do Senado ao chefe do Executivo: “Pacheco não! Pacheco é Lula”, diz uma delas.

Há, inclusive, a mobilização entre os defensores das pautas conservadoras pelo recolhimento de assinaturas em abaixo-assinado contra a candidatura de Pacheco (veja abaixo).

Vale ressaltar que Pacheco se elegeu presidente do Senado com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro, mas viu sua imagem se descolar do antigo chefe do Executivo ao longo do período em que está à frente da Mesa Diretora da Casa.

O candidato bolsonarista à Presidência do Senado Federal é o ex-ministro de Bolsonaro e senador eleito, Rogério Marinho (PL-RN). Além dele, Pacheco enfrenta a concorrência tímida do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que afirma ser independente do antigo governo e da gestão de Lula.

As projeções indicam que Pacheco tem amplo favoritismo para vencer o pleito. Aliados do então presidente estimam que o senador mineiro irá se reeleger com mais de 50 votos, sendo necessário o apoio de 41 senadores para uma vitória.

Mobilização interna

Para além do burburinho das redes sociais, bolsonaristas também se mobilizam dentro do Congresso Nacional contra a reeleição de Pacheco.

O Metrópoles noticiou que o deputado federal diplomado Gustavo Gayer (PL-GO), que ingressa na nova legislatura da Câmara dos Deputados este ano, encabeçou um movimento contra o senador. Gayer é bolsonarista declarado e se elegeu a partir dessa plataforma.

Uma plataforma, sem índices de veracidade ou fontes, foi criada por Gayer no final de semana. Intitulada de “como vota senador”, o programa faz um “mapa” de quais senadores já decidiram seu voto para a mesa diretora interna da Casa Alta. As eleições acontecem em 1° de fevereiro com a marca da nova legislatura que se encerra em 2027.

Classificados em três seções, os parlamentares estão divididos entre: votarão em Pacheco, votarão em outro candidato e indefinidos. O bolsonarista ainda faz um adendo: os senadores que ainda não sabem em quem votar são os que devem ser priorizados. Ainda é orientado que os internautas entrem em contato “sempre de forma educada, ordeira e civilizada para apresentar sua sugestão”, além de pedirem pelo “fim do voto secreto”.

Rodrigo Pacheco é presidente da Casa desde 2021. Para o próximo pleito, ele vai concorrer com o senador Eduardo Girão, do Podemos, e Rogério Marinho, do PL, eleito em 2022.

Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro não simpatizam com o líder mineiro e pretendem conseguir mudar o “voto” dos senadores indecisos para que a candidatura dos outros dois parlamentares seja fortalecida.

Como funcionam as eleições

Tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, os votos para presidente são secretos. O sistema às cegas pode, também, abrir espaço para traições.

Assim como no plenário, é preciso de quórum, número mínimo de parlamentares, para que a votação seja aberta. Neste caso, 257 deputados e 41 senadores. Com o número atingido, começa o pleito.

Cada parlamentar tem dois minutos para votar na urna eletrônica.

Para ganhar em primeiro turno, o candidato precisa de pelo menos 41 votos. Se ninguém chegar a esse número, os nomes vão para o segundo turno. O escolhido toma posse em seguida. Os eleitos comandarão as casas de 1° de fevereiro de 2023 até 31 de janeiro de 2025.

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