metropoles.com

Bebianno: “Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco”

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência desabafou a interlocutores e amigos. Diversos jornais reproduzem críticas dele a Jair Bolsonaro

atualizado

Compartilhar notícia

FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
POSSE BOLSONARO.
1 de 1 POSSE BOLSONARO. - Foto: FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Pivô de crise no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com a provável demissão a ser publicada nesta segunda-feira (18/2), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, tem desabafado sobre a situação a interlocutores e amigos. Diversos jornais reproduzem, neste domingo (17/2), críticas do advogado e ex-presidente do PSL ao chefe do Executivo.

O colunista Gerson Camarotti, do G1, cita uma conversa de Bebianno com um amigo na qual o ministro condena a influência dos filhos do presidente no governo, sobretudo a do vereador Carlos Bolsonaro, que o chamou de mentiroso.

“Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco”, teria dito o secretário-geral da Presidência a um aliado.

No site da revista Época, o jornalista Guilherme Amado conta que Bebianno falou sobre Bolsonaro em conversa com um interlocutor. “Meu pai disse que era para eu trabalhar pelo Brasil, fazer o bem. Eu deixei de estar com meu pai na morte dele para estar com o Jair”, teria se manifestado o ministro.

As críticas mais pesadas foram noticiadas por Lauro Jardim, do jornal O Globo. De acordo com o colunista, Bebianno teria explicado a um aliado que “o problema não é o pimpolho”, em referência ao vereador. “O Jair é o problema. Ele usa o Carlos como instrumento. É assustador.”

Segundo Jardim, o ministro teria confessado que “perdeu a confiança” em Bolsonaro. “Tenho vergonha de ter acreditado nele. É uma pessoa louca, um perigo para o Brasil”, reproduz o jornalista.

Na Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo registra uma conversa que teve com Bebianno. Na entrevista, ele nega ter dado as declarações publicadas por Jardim. “Estou triste com a situação, mas não chamei ele de louco nem nada. Agora, é o momento de esfriar a cabeça, buscar o equilíbrio e olhar para o futuro, olhar para o país”, disse.

Em tom moderado, o ministro relatou que prefere esperar o desfecho do caso para “esclarecer a verdade”. “Eu não vou sair com pecha de bandido, de patrocinador de laranjais ou de traidor.” No começo de fevereiro, a Folha publicou reportagem sobre financiamento de candidatos laranja do PSL, partido que Bebianno presidiu entre janeiro e outubro do ano passado.

Segundo Mônica Bergamo, Bebianno também negou o rumor de que teria documentos que poderiam estremecer o governo Bolsonaro e a permanência do ainda chefe no cargo. “Eu não vou fazer isso. O Brasil não merece. Eu não tenho nada a declarar sobre o presidente.”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?