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Auxiliar de Mario Frias chama Paulo Coelho de “maconheiro” e “idiota”

Críticas foram feitas após escritor comemorar cancelamento de viagem de integrantes da Secretaria de Cultura à Rússia, Hungria e Polônia

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1 de 1 13_02_2022_15_23_18 - Foto: Reprodução

O secretário Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciuncula, chamou o escritor Paulo Coelho de “maconheiro” e “idiota”. Porciuncula é auxiliar do secretário Mario Frias e integraria a comitiva da Secretaria Especial da Cultura que iria nesta semana à Rússia, Hungria e Polônia.

A fala foi em resposta a um tuíte do integrante da Academia Brasileira de Letras que celebrava o cancelamento da presença dos integrantes da secretaria. O número de integrantes dos ministérios foi reduzido, mas a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) segue mantida, com previsão de embarque nesta segunda-feira (14/2).

Além de Frias e Porciuncula, também viajariam pela pasta o chefe de gabinete, Raphael Azevedo, o secretário de audiovisual, Felipe Pedri, e o secretário-adjunto, Hélio Oliveira.

Segundo Porciuncula, o cancelamento da presença dos integrantes da Secretaria de Cultura ocorreu em razão das tensões na região, mas a viagem será remarcada.

“Maconheiro, palerma é você. A viagem foi remarcada devido as tensões na região, mas ainda iremos, temos acordos culturais internacionais para celebrar com a Rússia e Hungria”, escreveu o secretário neste domingo (13/2) no Twitter.

Em nota, a Secretaria Especial de Cultura disse que a Presidência da República solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para as agendas.

“Devido à orientação da presidência, que solicitou a redução da comitiva de todos os ministérios que iriam para as agendas na Rússia e Hungria, não havia mais sentido manter a viagem para agenda apenas na Polônia, sendo cancelada a viagem para remarcar em outra data”, afirmou a secretaria.

Viagem aos EUA

O cancelamento da viagem ocorre em meio a outra polêmica: uma visita aos Estados Unidos que custou mais de R$ 39 mil.

Mario Frias fez uma viagem a Nova York em dezembro de 2021 para discutir a produção audiovisual com o lutador de jiu-jítsu brasileiro Renzo Gracie.

Somente os voos de ida e volta de Frias na classe executiva custaram R$ 26 mil (R$ 13 mil cada trecho). Em diárias, o secretário recebeu R$ 12,8 mil. Também foi contratado um seguro de R$ 305, totalizando R$ 39,1 mil.

Além disso, o ex-ator recebeu dos cofres públicos R$ 1,8 mil de ressarcimento de um teste de Covid-19, doença causada pelo coronavírus, realizado durante o deslocamento.

Frias e Porciuncula fizeram uma live na noite de sábado (12/2) na qual afirmaram que a razão da visita foi conhecer “o mercado da Broadway”.

“Essa viagem foi com intuito de conversar com o mercado da Broadway, que se autosustenta, para ver onde esses caras acertam. Queríamos trazer ideias para cá. O objetivo era enxergar como aquele mercado consegue tanto sucesso, enquanto aqui a gente continua dependendo de milhões”, justificou Frias.

Ministério Público solicitou na sexta-feira (11/2) que o Tribunal de Contas da União apure os gastos da viagem. Na representação, o subprocurador Lucas Rocha Furtado classificou como “extravagante” a viagem do secretário e defendeu que o caso afronta “o princípio da moralidade administrativa”.

O subprocurador também solicitou que o TCU investigue se a viagem de Frias “possui razões legítimas” de interesse público ou se teve como finalidade apenas “interesses privados”.

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