metropoles.com

Dilma sobre Bolsonaro: “É lamentável ver homenagem a um torturador”

No momento do voto do deputado, a presidente mudou o semblante. As aproximadamente 20 pessoas que estavam na sala e acompanhavam a votação ficaram em silêncio profundo

atualizado

Compartilhar notícia

Nilson Bastian / Câmara dos Deputados e Michael Melo/Metrópoles
bolsonaro e dilma
1 de 1 bolsonaro e dilma - Foto: Nilson Bastian / Câmara dos Deputados e Michael Melo/Metrópoles

O discurso do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra foi o único momento que fez a presidente Dilma Rousseff mudar o semblante durante o processo de votação de impeachment na Câmara dos Deputados. Até então calma e analisando as falas do deputado, a petista fechou o rosto e apertou as mãos nos braços da cadeira. Neste momento, um silêncio pesado tomou conta da sala.

“Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”, disse o parlamentar, para o espanto das aproximadamente 20 pessoas, entre ministros e governadores, que estavam presentes. A informação foi publicada na Folha de S. Paulo.

Neste momento, de acordo com a reportagem, a presidente se levantou e caminhou até um corredor, parando perto de uma estante. Todos os convidados do local se entreolharam, ainda em silêncio. Foi, então, que ela chamou Ricardo Amaral, autor de sua biografia, e conversou algo.

Na manhã desta terça-feira (19/4), a presidente voltou a falar sobre o tema quando concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa internacional.

É lamentável ver alguém votando em homenagem a um grande torturador

“Eu conheci bem esse senhor (o coronel Ustra). Ele foi um dos maiores torturadores do Brasil, responsáveis por diversas mortes, como comprovou a Comissão da Verdade. Lastimo que esse momento tenha dado abertura para esse tipo de incentivo ao ódio”, afirmou.

O militar lembrado pelo parlamentar foi chefe comandante do Destacamento de Operações Internas (DOI-Codi) de São Paulo no período de 1970 a 1974. Em 2008, tornou-se o primeiro militar a ser reconhecido, pela Justiça, como torturador durante a ditadura. O militar morreu de câncer em 15 de outubro de 2015 no Hospital Santa Helena, em Brasília.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?