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PM que agrediu estudante em manifestação em Goiânia é indiciado

Capitão Augusto Sampaio responderá por abuso de autoridade e lesão corporal

atualizado

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Reprodução/TV Anhanguera
pm Augusto Sampaio de Oliveira Neto
1 de 1 pm Augusto Sampaio de Oliveira Neto - Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O capitão da Polícia Militar de Goiás Augusto Sampaio, que atingiu a cabeça do estudante Mateus Ferreira, 33, com um cassetete, durante manifestação em Goiânia, foi indiciado por abuso de autoridade. A Polícia Civil finalizou o inquérito depois de analisar mais de 40 horas de imagens no dia do protesto (28 de abril). Os investigadores concluíram que a vítima não participou de depredação durante o ato.

O abuso de autoridade está previsto na Lei nº4898/65, que define o crime como “qualquer atentado contra à incolumidade física do indivíduo”. Caso o PM seja condenado pelo Judiciário — a ação tramita na 4ª Vara Criminal de Goiânia —, o capitão pode ser expulso. O policial também responderá por lesão corporal no âmbito militar, de acordo com informações do jornal O Popular. Este processo, no entanto, pode levar até 40 dias para ser concluído.

A PM informa que o capitão Sampaio está na corporação há 12 anos e é considerado um bom profissional — tem mais de 30 elogios em sua ficha funcional. No entanto, o caso de agressão a Mateus não é o primeiro em que o policial se envolve. Ele participou de incidentes desse tipo entre 2008 e 2010, porém, nunca foi punido.

Agressão
Mateus Ferreira participava, em 28 de abril,  da Greve Geral, movimento contra as reformas que o governo pretende promover. Ao ser agredido pelo PM, sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas no rosto. Ele permaneceu internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) até 9 de maio. Nesse período, ficou em coma e passou por diversas cirurgias para a reconstrução do crânio. No dia 20 de maio, retornou para casa.

Imagens do momento da agressão mostram que, devido à potência do golpe, o cassetete do policial se partiu ao meio. Após a repercussão do caso, a corporação afastou o capitão do trabalho na rua, pelo menos, até o fim da investigação.

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