Força-tarefa mira ex-diretor de banco por supostos desvios nos Correios
O alvo da Operação deflagrada é o diretor de uma instituição financeira brasileira de grande porte
atualizado
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A Força -Tarefa Postalis e a Polícia Federal deflagraram, nesta terça-feira (11/08), a Operação Rebate, que investiga a utilização de empresas de fachada pelo pela diretoria de instituições financeiras de grande porte. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no estado do Rio de Janeiro, autorizados pela 12 ª Vara de Justiça do Distrito Federal. O inquérito permanece em sigilo.
Segundo os investigadores, o suspeito desviava recursos de fundos de investimentos que recebiam do Instituto de Previdência Complementar (Postalis) por meio da dissimulação de taxa de rebate repassada para duas empresas indiretamente vinculadas ao alvo, sendo uma destas registrada em nome de familiares.
Na justificativa da Justiça, as medidas que levaram à operação desta manhã tem o objetivo de reunir provas sobre a prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, bem como de lavagem de dinheiro.
Os investigadores querem esclarecer a forma como ocorriam as transações ilícitas com recursos do Postalis por meio de taxas de administração de fundos e também de remuneração de agente autônomo de investimentos. As irregularidades estariam vinculadas ao então diretor-presidente da instituição financeira.
Junto ao investigado, foram encontradas joias, metais e pedras preciosas pagas em dinheiro vivo, com valor superior a R$45 milhões.
O nome da operação é uma referência à denominada “taxa de rebate”, comissão contratada em produtos financeiros e utilizada para remunerar os intermediários, como bancos, corretoras e agentes autônomos.
A Força-Tarefa Postalis foi constituída em agosto de 2019 e conta com o auxílio de auditores dos Correios, com o objetivo de apurar crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, além de outros crimes contra o Fundo de Pensão Postalis.