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Pimenta no olho de Bolsonaro: ministro da Secom solta o verbo. Vídeo

Diretora de escola do Rio Grande do Sul pediu a retirada da obra de Jeferson Tenório das instituições educacionais

atualizado

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Reprodução – Carlos Macedo/Divulgação
Foto colorida do livro O Avesso da Pele, do autor Jeferson Tenório - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do livro O Avesso da Pele, do autor Jeferson Tenório - Metrópoles - Foto: Reprodução – Carlos Macedo/Divulgação

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, refutou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e informou que o livro O Avesso da Pele, do autor Jeferson Tenório, foi incluído no acervo do Ministério da Educação (MEC) durante a gestão passada.

“Nós estamos assistindo, nos últimos dias, a um ataque vergonhoso, uma fake news mentirosa promovida, multiplicada por parlamentares, lideranças bolsonaristas no que diz respeito ao livro do consagrado escritor Jeferson Tenório O Avesso da Pele”, afirmou o ministro. “Toda uma polêmica que envolve a utilização dessa obra no catálogo das obras disponibilizadas pelo MEC para as escolas de ensino médio de todo o Brasil”, disse ele, nesta segunda-feira (4/3), em vídeo.

Veja:

 

Uma diretora de uma escola de Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, publicou um vídeo, na última sexta-feira (1º/3), em que pede a retirada dos exemplares do livro da instituição e que professores não utilizem a obra em sala de aula.

“Lamentável o governo federal através do MEC adquirir esta obra literária e enviar para as escolas com vocabulários de tão baixo nível para serem trabalhados com estudantes do ensino médio”, disse Janaina Venzon, diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira.

Apoiadores argumentam que o livro supostamente distribuído pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utiliza linguagem inapropriada para os estudantes do ensino médio. Nas redes sociais, centenas de usuários condenam a obra de Jeferson Tenório.

Paulo Pimenta, por sua vez, recomenda a leitura do romance e esclarece que ele foi incluído no catálogo do MEC durante a gestão de Jair Bolsonaro e não na atual administração, como muitas publicações sugerem.

“Na minha opinião, trata-se de uma demonstração de ignorância, de preconceito, mas também de covardia por parte destas pessoas. Ignorância porque em primeiro lugar nunca leram o livro, aliás, nunca leram nenhum livro, se tivessem lido Jorge Amado, ‘Gabriela Cravo e Canela’, Rubem Fonseca, Aluísio Azevedo, ‘O Cortiço’, João Ubaldo”, destacou o ministro.

“Livros que todos nós tivemos a oportunidade de ler no ensino médio. Não fariam essa manifestação histérica e ridícula. Por outro lado, após as denúncias se tornarem públicas, até mesmo como uma tentativa de censura contra Jeferson Tenório e a sua obra, os bolsonaristas descobriram que quem aprovou a inclusão do livro no catálogo das obras foi o governo Bolsonaro”, enfatizou o político.

Avesso da pele

O romance é do autor Jeferson Tenório e trata sobre temas como relações raciais, violência e racismo estrutural. O autor é natural do Rio de Janeiro e vencedor do Prêmio Jabuti, um dos mais tradicionais da área literária.

A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul determinou que o livro O Avesso da Pele seja mantido em escolas de Santa Cruz do Sul.

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