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ONGs expressam “preocupação” após ruralista assumir comissão do Meio Ambiente

O deputado José Priante (MDB), indicado para ocupar a presidência da Comissão de Meio Ambiente, é visto como ruralista por ambientalistas

atualizado

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Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Dep. José Priante (MDB – PA)
1 de 1 Dep. José Priante (MDB – PA) - Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

O deputado federal José Priante (MDB-PA) foi eleito, nesta quarta-feira (15/3), para comandar a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. Nome indicado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) causa preocupação entre ambientalistas e é apontado como defensor dos interesses do setor do agronegócio.

“A sociedade espera que as Comissões do Congresso Nacional, cuja missão é debater o conteúdo de propostas que poderão virar leis para todos os brasileiros, sejam presididas pelos expoentes em cada área de atuação. A Comissão de Meio Ambiente, portanto, requer de seus membros e, principalmente, da presidência, compromisso com a agenda ambiental”, declara o coordenador de advocacy do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Marcos Woortmann.

Consenso entre grande parte dos ambientalistas, a nova presidência da comissão não representa os interesses do meio ambiente e questões ligadas à preservação e o desenvolvimento sustentável do país.

“No momento em que a crise climática exige do Congresso Nacional a promoção de avanços na proteção socioambiental, causa preocupação que a presidência da comissão não esteja com um parlamentar com histórico de atuação no tema. Esperamos que sua gestão seja marcada pela prevalência dos consensos e pela contenção dos graves retrocessos em tramitação.” Mauricio Guetta, consultor jurídico do Instituto Socioambiental (ISA).

Durante a legislatura passada, o deputado federal apresentou projetos contra interesses ambientais, como a redução de unidades de conservação na Flona do Jamanxim, no Pará, e contra a destruição de bens apreendidos contra crimes ambientais.

Em uma reunião no Palácio do Planalto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Priante defendeu o fim da destruição de equipamentos de garimpeiros em ações da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A posição do deputado desagradou setores que defendem o meio ambiente e os direitos dos povos indígenas.

“Temos, de novo, na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, um presidente cujo histórico é ligado à agenda ruralista e de apoio a projetos antiambientais. A perspectiva é muito preocupante. Cabe agora ao deputado provar o contrário, com ações práticas. Nosso país não aguenta mais tantos ataques e tanta destruição na agenda ambiental.” declarou o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.

Na atual legislatura, o deputado José Priante assumiu o seu sétimo mandato e anteriormente atuou como presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

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