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Cármen após ataques de Bolsonaro: “Este STF não se destrói, não se verga e não se fecha”

A ministra afirmou que Supremo passa “fase difícil”, mas agradeceu ao presidente da Corte, Luiz Fux, pelo desempenho frente “às mentiras”

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia na Presidência do STF – Brasília – DF 12/09/2016
1 de 1 Cerimônia de posse da ministra Cármen Lúcia na Presidência do STF – Brasília – DF 12/09/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (9/9), após ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra a Corte e, especificamente ao ministro Alexandre de Moraes, que o que está sendo vivido no país é uma “fase difícil”, mas que “este Supremo não se destrói, não se verga e não se fecha”.

“Somos um tribunal. Nenhum juiz atingido é atingido isoladamente. Qualquer afronta atinge a todos, porque somos um Supremo Tribunal Federal. Este STF não se verga, não se destrói, não se fecha, porque ele é a projeção da Justiça”, declarou a ministra durante sessão plenária.

Cármen Lúcia homenageou antecipadamente o ministro Luiz Fux, que amanhã completa um ano como presidente da Corte, e disse que ele tem usado “a força adequada” no momento em que “todo dia é uma agonia”. “Vossa Excelência fez desta escolha um compromisso desempenhado com fartura de coragem, em tempo de tantas covardias, mentiras que matam pessoas, porque não podem matar a ciência, e que comprometem a sanidade institucional”.

“Tranquilidade não é nome que se usa para esses dias, mas Vossa Excelência tem a força adequada. Somos todos seus pares, viventes e conviventes desta fase mais que difícil. Todo dia é uma agonia nova. Somos testemunhas da força e da atuação séria e competente de Vossa Excelência nos trabalhos desta casa, nesse país de tantas chagas”, continuou.

A ministra afirmou que cabe ao Judiciário “atuar em seu limite para suprir a sombra social que atinge o cidadão”.

“Atos de afronta às autoridades voltam-se contra a democracia. Não se afronta o Judiciário, afronta-se a autoridade de constituições. Somos, no STF, juízes que juraram cumprir a Constituição e guardá-la. Não trair o juramento que fizemos é honrar a história”, finalizou.

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