metropoles.com

Advogado de Aécio diz que STF “restabeleceu soberania da Constituição”

Alberto Zacharias Toron acrescentou, em nota, que a determinação “reafirmou a confiança de todos os brasileiros no Poder Judiciário”

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
aécio neves
1 de 1 aécio neves - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O advogado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Alberto Zacharias Toron, disse nesta sexta-feira (30/6) que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que devolveu o mandato ao tucano, “restabeleceu a legalidade e a soberania da Constituição”. O criminalista acrescentou, em nota, que a determinação “reafirmou a confiança de todos os brasileiros no Poder Judiciário”.

“O afastamento de um mandatário do povo, um parlamentar, só pode ser feito dentro do figurino previsto pela própria Constituição. Todavia, o documento maior da cidadania não prevê este tipo de afastamento cautelar. Afora isso, como bem disse o Min. Marco Aurélio, ‘o processo não revela quadro favorável à imposição de medida acauteladora, muito menos de afastamento do exercício do múnus parlamentar’. Nada do que se apontou em relação a ele justificava o afastamento cautelar.”

0

Decisão
Marco Aurélio Mello autorizou nesta sexta-feira (30/6) o senador a retomar seu mandato, acatando pedido dos advogados do tucano. O magistrado também decidiu que o tucano poderá entrar em contato com outros investigados do caso JBS — incluindo a sua irmã Andrea Neves — e até deixar o Brasil.

Ao reconduzi-lo ao Senado, o ministro declarou expressamente o que pensa do tucano, de quem se revelou profundo conhecedor da biografia.

“É brasileiro nato, chefe de família, com carreira política elogiável – deputado federal por quatro vezes, ex-presidente da Câmara dos Deputados, governador de Minas Gerais em dois mandatos consecutivos, o segundo colocado nas eleições à Presidência da República de 2014 – ditas fraudadas -, com 34.897 211 votos em primeiro turno e 51.041.155 no segundo, e hoje continua sendo, em que pese a liminar implementada, senador da República, encontrando-se licenciado da Presidência de um dos maiores partidos, o Partido da Social Democracia Brasileira”, afirmou.

Aécio estava impedido de exercer atividades parlamentares desde maio, por determinação de outro magistrado da Corte, Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato.

Investigação
O senador é investigado na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, com base nas delações da JBS. No encontro, o parlamentar teria pedido a um dos donos da empresa, Joesley Batista, R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato. O afastamento de Aécio era um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou o risco de o senador atrapalhar as investigações por causa de seu poder.

O tucano e um dos donos da JBS, Joesley Batista, teriam se encontrado em 24 de março no Hotel Unique, em São Paulo. O empresário gravou a conversa. Um trecho do diálogo gravado durou cerca de 30 minutos. “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, propôs Joesley.

“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do c…”, teria respondido Aécio.

Segundo o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, foi ele quem levou o dinheiro a Fred. Foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. A PF filmou uma delas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?