Justiça autoriza ida do traficante Rogério 157 para presídio estadual
O traficante carioca Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, está preso na Penitenciária de Porto Velho, em Rondônia
atualizado
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A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) autorizou, por unanimidade, a transferência de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, do presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, para o sistema penitenciário do Rio de Janeiro.
Rogério 157 chegou a ser o chefe do tráfico da Rocinha, na zona sul da capital fluminense, e está preso desde janeiro de 2018 na Penitenciária Federal de Porto Velho. Ele tem quatro condenações que vão de tráfico de drogas a corrupção e as penas, somadas, alcançam 61 anos de reclusão.
A coluna do Guilherme Amado, no Metrópoles, adiantou que o TJRJ formou maioria para o retorno de Rogério 157 ao sistema prisional do Rio de Janeiro.
A decisão acontece após a Polícia Civil do Rio (PCRJ) pedir a manutenção da prisão de Rogério 157 no presídio federal, o que foi negado pela Justiça.
O relator do processo no TJRJ, o desembargador Luiz Noronha Dantas, destacou em seu voto que a manutenção do traficante no presídio federal se faz desnecessária e autoriza o retorno dele ao Rio de Janeiro.
“O uso de um mecanismo temporário e extraordinário, com a sua utilização pelo terceiro ano consecutivo, sem prejuízo da indemonstração da atualidade da sua necessidade, já que calcado em dados genéricos coletivos, pretéritos, desatualizados e requentados, impõe-se a reforma do decisum recorrido, para indeferir o pedido de prorrogação da permanência do agravante em estabelecimento prisional federal, com a determinação do seu retorno a esse Estado”, argumentou Dantas.
A Segurança Pública do Rio de Janeiro e o Ministério Público estadual pediram, em 2018, a transferência do criminoso para uma unidade de segurança máxima, como é o caso da Penitenciária de Porto Velho, em Rondônia.
Prisão
O traficante Rogério 157 foi preso no final de 2017, em uma operação da Polícia Civil do Rio na comunidade do Arará, na zona norte da capital fluminense. O criminoso era considerado o mais procurado do Rio de Janeiro e tinha uma recompensa estipulada em R$ 50 mil.