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Jovem representa 23 gatos em ação judicial contra construtoras

Animais ocupavam terreno de empresas e cuidadora quer que Civil e Barcino paguem uma indenização de R$ 230 mil por tirá-los do local

atualizado

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Arquivo pessoal
Gatos
1 de 1 Gatos - Foto: Arquivo pessoal

Em Salvador (BA), a estudante Camila Dantas entrou com uma ação judicial contra duas construtoras. Caso seja ganhadora da causa, ela receberá uma indenização de R$ 230 mil. O detalhe inusitado é que a jovem é a representante de 23 gatos abandonados e que foram retirados do local onde as empresas ergueram seus prédios. São informações do G1.

Camila que obrigar, na Justiça, as duas construtoras a arcar com os custos dos animais e pagar um valor de R$ 10 mil por gato, que são: Diego, Margarida, Florzinha, Lady, Trico, Frida, Fofucha, Tim, Harry, Tigresa, Nino, Tigrão, Chitãozinho, Monalisa, Monalisinho, Tigradinha, Chorão, Laranjinha, Pimpó, Tigrado, Pretinha, Zangada e Branca.

A advogada Ximene Perez, que representa a estudante Camila Dantas e os gatos, conta que há cerca de quatro anos alguns animais começaram a ocupar um terreno no bairro da Graça, na capital baiana. Desde então, eles passaram a receber cuidados de Camila como comida, água e vermífugos.

A advogada destacou que os gatos são os autores da ação, e não Camila. “Ela é apenas uma representante dos animais”, disse.

“Ela solicitou às construtoras para entrar no terreno e fazer a castração dos animais, mas não foi autorizada. Ela dava comida por um portão do terreno. Os gatos foram se reproduzindo e aumentando a população”, explicou.

No final do ano passado, Camila entrou com o processo solicitando que as construtoras Civil e Barcino Esteve se responsabilizassem pelos animais no terreno.

Filhotes morreram
De acordo com a estudante Camila Dantas, ela entrou com uma ação judicial porque as empresas não quiseram entrar com acordo.

“Na realidade, foi porque eles não quiseram assinar um acordo para retirar os animais e, como eles não tiraram no tempo que a gente pediu, vários filhotes morreram. Ainda fizeram castrações precoces. Eles contrataram uma pessoa para resolver que fez prejudicou os animais e causou a morte deles”, contou Camila.

Ela ainda disse que as construtoras se comprometeram em não iniciar as obras até a resolução do problema, o que não teria ocorrido. “Entrou mais de cinco caminhões. Filhotes morreram e isso poderia ter sido evitado. Falamos que só íamos entrar, tirar os animais e eles não permitiram”, alega a estudante.

Acordo
Uma das empresas, a Civil Construtora, informou que vai se posicionar por meio de nota.

A Barcino Esteve também se posicionará por nota, mas já adiantou que a estudante só procurou a construtora em dezembro de 2019, quando eles iam iniciar as obras. Após a informação da cuidadora sobre a permanência dos gatos no terreno, empresa e estudante fizeram um acordo.

Os animais foram retirados do local e encaminhados para abrigos indicados pela estudante, antes do início das obras. Ainda não há uma decisão final sobre o processo, mas nesta quinta-feira (05/03), está prevista uma sessão de mediação entre as partes.

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