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Itaipu estima déficit de US$ 150 milhões deixado pelo governo Bolsonaro

Montante se refere à redução de tarifa de serviço da Itaipu de forma unilateral, no fim do ano passado, pela gestão de Jair Bolsonaro (PL)

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Rubens Fraulini/Itaipu Binacional
Rubens Fraulini / Itaipu Binacional
1 de 1 Rubens Fraulini / Itaipu Binacional - Foto: Rubens Fraulini/Itaipu Binacional

O diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, afirmou nesta segunda-feira (17/4) que a hidroelétrica tem um déficit de US$ 150 milhões (cerca de R$ 741 milhões) deixados pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O montante se refere à redução de tarifa de serviço de forma unilateral no fim do ano passado.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou, nesta segunda-feira (17), a redução da tarifa de serviço da Itaipu Binacional de US$ 20,75 por kilowatt para US$ 16,71, redução é de quase 20%. O valor provisório foi fixado unilateralmente pelo lado brasileiro em US$ 12,67 / Kw (cerca de R$ 62,65 por kilowatt) no fim do ano passado.

“O que Bolsonaro fez, ao reduzir de forma unilateral a tarifa de US$ 12,67 / Kw, é trazer um déficit para a Itaipu junto a ENBPar [Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A.]”, diz Verri. Segundo ele, o Brasil terá que arcar com o valor, já que alguns setores praticaram a tarifa nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril deste ano.

“Vamos tirar recursos que eram para o investimento de Itaipu para cobrir esse buraco que o Bolsonaro criou nesse momento”, observa. “É uma grande redução da capacidade de investimento de Itaipu. São em torno de US$ 150 milhões que poderiam ser investidos em inovação tecnológica, ou mesmo nas politicas ambientais e sociais no Brasil que serão repassadas para a ENBPar para que a tarifa não suba”.

A tarifa se refere ao Custo Unitário de dos Serviços de Eletricidade (Cuse), ou seja, o custo de produção da energia de Itapu. O valor considera despesas como manutenção, operação, pagamento de royalties, empréstimos e financiamentos.

Redução na tarifa brasileira

A decisão foi tomada em agenda que reuniu cinco ministros de Estado e o diretor-geral brasileiro da Itaipu na sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília (DF). Uma vez que Itaipu contribui com apenas 8,4% da energia nacional, o impacto no valor da energia brasileira é estimado em 1%.

Verri comentou que o lado paraguaio, que detém 50% da usina, incialmente discordava da redução da tarifa de serviço. “Homologamos um acordo que demorou muito tempo para ser construído. No meu caso, que estou há pouco mais de 1 mês em Itaipu, foram todos os dias de debates e reuniões frequentes com a diretoria do lado paraguaio”, observa.

“O Paraguai tem 50% de propriedade de Itapu, então não dá para fazer o que nós queremos”, afirma o diretor-geral brasileiro da Itaipu.

Nesta segunda-feira (17/4), o ministro de Minas e Energia disse esperar que, com a decisão, o custo cairá para os consumidores de energia elétrica nacional. A redução na tarifa foi possível graças à finalização da parcela da construção de Itaipu, no fim de fevereiro.

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