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Homem morre com “mata-leão” durante internação à força em clínica

Segundo a Polícia Civil, cinco funcionários do local foram presos; investigações começaram após o hospital acionar a corporação

atualizado

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Divulgação/PCGO
imagem colorida quarto clinica de reabilitacao clandestina goias
1 de 1 imagem colorida quarto clinica de reabilitacao clandestina goias - Foto: Divulgação/PCGO

Goiânia – Cinco pessoas acabaram presas, nessa terça-feira (1º/8), depois que um jovem morreu ao sofrer um golpe de mata-leão durante uma internação à força em uma clínica de reabilitação clandestina, em Abadia de Goiás, na região metropolitana da capital goiana.

Os presos são o gerente da clínica, os donos e também funcionários, que teriam feito a internação compulsória da vítima. O caso é investigado pelo delegado Humberto Soares, da Polícia Civil, em Posse, nordeste goiano. Os nomes dos investigados não foram divulgados.

De acordo com o delegado, o caso começou a ser apurado há cerca de dois meses, depois que funcionários de um hospital, em Simolândia, também no nordeste goiano, acionaram a corporação em razão da morte do jovem. A vítima tinha problemas com o uso de drogas e, segundo o investigador, a família solicitou a internação dele na clínica, no entanto, não sabiam como era feita.

“Três funcionários foram até a casa da vítima, que morava em Posse, e se identificaram como falsos policiais. Quando o jovem percebeu que se tratava de uma internação compulsória, tentou fugir. Para imobilizar a vítima, os funcionários aplicaram um golpe de mata-leão. Apesar de ter sido levado para o hospital, o jovem acabou morrendo por enforcamento”, contou Soares ao portal G1.

Conforme o delegado, a internação de paciente deve ser feita após uma decisão judicial ou orientação médica com prazo e medicações necessárias. Segundo ele, os suspeitos são investigados por homicídio qualificado e sequestro, além de cárcere privado, falsificação de documentos e curandeirismo.

A família da vítima colabora com a apuração do caso.

Clínica clandestina

De acordo com Soares, a clínica não tinha autorização de funcionamento. Segundo ele, o local já havia sido fechado e teve as atividades suspensas, porém, voltou aos atendimentos de forma clandestina. O delegado aponta, ainda, que os funcionários do estabelecimento não tinham preparo para fazer as internações.

“Eles não têm formação na área de saúde, todos têm passagens por tráfico de drogas, lesão corporal, violência doméstica e inúmeros outros crimes”, detalhou. De acordo com a polícia, a clínica não tinha equipe médica e os próprios internos cuidavam uns dos outros.

O local também tinha um ambiente insalubre, conforme a Polícia Civil. A clínica estava com 38 internos, que serão encaminhados para a assistência social do município e aos familiares. Um homem, de 36 anos, que ficou seis meses no local, denuncia que eles eram forçados a tomar mais remédios do que o necessário.

Pela internação, os familiares pagavam, em média, R$ 2 mil por mês, mas algumas desembolsavam até R$ 5 mil.

Ainda segundo a PC, o carro usado na internação da vítima foi apreendido, além de uma arma de fogo.

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