Haddad nega pressão do Centrão na saída do assessor para apostas
Assessor especial do Ministério da Fazenda, José Francisco Manssur foi exonerado na última sexta (16/2). Haddad negou relação com o Centrão
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou, nesta segunda-feira (19/2), que a exoneração do assessor especial do Ministério da Fazenda José Francisco Manssur tenha ocorrido por pressão de partidos do Centrão.
A demissão ocorreu na última sexta-feira (16/2) e teria sido a pedido do próprio assessor. Manssur era responsável por tratar da regulamentação do mercado de apostas esportivas no país. Ele estava vinculado à Secretaria-Executiva, comandada por Dario Durigan.
Haddad foi indagado por jornalistas se a exoneração de Manssur ocorreu por pressão do Centrão, e respondeu: “Não, de jeito nenhum. O Manssur esteve aqui para formatar o projeto das bets e foi um processo muito bem encaminhado por ele”. Em seguida, ele elogiou o trabalho do ex-auxiliar: “Ele é um profissional de altíssima qualidade, mas enfim, a pedido vai enfrentar outros desafios aí, mas não tem nada a ver com isso não”.
No fim de janeiro, via decreto, foi criada a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), que será responsável por regular apostas de quota fixa, como são chamadas as bets, e os jogos on-line em geral. Manssur era o principal nome cotado para chefiar a nova secretaria, que ainda não tinha secretário.
Agora, segundo Haddad, a escolha do secretário de Prêmios e Apostas ficará a cargo do secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto.
Entre as atribuições da nova secretaria também estão o monitoramento e prevenção à lavagem de dinheiro, estabelecimento de políticas de jogo responsável, prevenção ao transtorno do jogo compulsivo ou patológico, e fiscalização das ações de comunicação, de publicidade e de marketing das empresas que operam esse novo e crescente mercado.
“A única questão que nós fazemos questão que fique no âmbito do Ministério do Esporte é a questão da integridade dos resultados. Isso é importante que fique lá, porque nós não temos sequer competência técnica para fazer esse tipo de acompanhamento. Então, é garantir que não haja manipulação de resultados. Isso uma atribuição que, no nosso entendimento, cabe ao Ministério do Esporte”, disse Haddad.