metropoles.com

Para aprovar nova Previdência, governo prepara batalha de comunicação

Ideia é convencer a opinião pública da necessidade das mudanças antes de colocar o assunto para votação de senadores e deputados

atualizado

Compartilhar notícia

Marcelo Camargo/Agência Brasil
1069491-df_mcamg__abr_16.03.2017-2971
1 de 1 1069491-df_mcamg__abr_16.03.2017-2971 - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A estratégia de comunicação da reforma da Previdência do presidente Jair Bolsonaro já começou a ser azeitada em conjunto com a articulação política para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC). O governo decidiu que não vai dar um passo sequer na divulgação do texto sem que a comunicação esteja bem organizada para evitar os erros ocorridos na tramitação da proposta do ex-presidente Michel Temer.

O secretário de Previdência, Rogério Marinho (foto em destaque), e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, se reuniram para acertar pontos da estratégia de comunicação para a reforma. Diante da urgência, haverá uma política diferenciada do resto da Secretaria de Comunicação. A ideia do governo é criar uma agência de comunicação, mas a avaliação no momento é de que a reforma não pode esperar e terá prioridade no orçamento da área.

A partir da avaliação de que a comunicação da reforma de Michel Temer começou tarde demais, quando a opinião publica já estava contaminada pelo discurso contrário à mudanças, o Ministério da Economia entende que não pode apresentar a proposta no plenário da Câmara, entre a segunda e terceira semana de fevereiro, sem que a linha da comunicação esteja definida. Para o Executivo, é fundamental que a comunicação convença a opinião pública da necessidade da mudança para que deputados e senadores aprovem a proposto. O foco na justiça social e na contribuição de todas as categorias para a reforma será essencial para construir a narrativa pró-reforma.

Busca de votos
Outro passo da estratégia do governo deve ser a troca da relatoria da reforma. O deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), que conduziu os trabalhos na comissão especial, é considerado um aliado, mas pode dar lugar a um parlamentar que se engaje na busca pelos votos.

O nome precisa ser acordado entre Marinho, Casa Civil e Maia. Essa seria mais uma jogada de marketing e de articulação política, já que o relator perde muito poder no plenário e não pode sequer apresentar sozinho a emenda aglutinativa, que precisa partir de lideranças ou de autores de emendas. “Todo mundo quer relatar o projeto. Eu gostaria de relatar porque a minha campanha foi feita com base na pauta econômica”, disse a deputada, Joice Hasselmann (PSL-SP).

O secretário Marinho também tem sido aconselhado desde já a mapear os principais interlocutores dentro dos grupos de lobby contra a reforma para conseguir estancar de forma mais eficiente a pressão por flexibilizações.

Na Câmara dos Deputados, a liderança do governo vai começar na semana que vem a montar sua estratégia para as negociações das votações com os deputados. A avaliação é de que é preciso construir uma base sólida de apoio, já que a reunião dos maiores partidos da Casa (inclusive o PSL do presidente Jair Bolsonaro) num mesmo bloco não é garantia de que todos esses 301 votos virão automaticamente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?