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GO confirma 1ª morte por variante da Covid. Idosa era do Entorno do DF

Mulher de Águas Lindas contraiu variante de Manaus (AM). Óbito foi confirmado no Hospital Regional de Ceilândia

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
coveiros de cemitério de goiânia usam roupas especiais para enterrar vítimas da covid-19 em goiás
1 de 1 coveiros de cemitério de goiânia usam roupas especiais para enterrar vítimas da covid-19 em goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Uma idosa de 60 anos, moradora de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, morreu depois de ter sido contaminada pela variante de Manaus (AM) do novo coronavírus. A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) confirma a informação e alerta que centenas de moradores da região e de outras cidades goianas já foram contaminados pelas cepas mais transmissíveis e mortais.

A SES de Goiás informou ao Metrópoles que a mulher é a primeira moradora do estado a falecer em decorrência de complicações causadas por uma nova variante do vírus. Preocupado com o avanço da doença, nesta terça-feira (16/3), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), baixou decreto que proíbe cidades em calamidade de flexibilizar as restrições.

A superintendente estadual de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, confirmou, nesta terça, a morte da idosa, que foi registrada no Hospital Regional de Ceilândia, e a transmissão comunitária por variantes de Manaus e do Reino Unido. Esta última, segundo estudo realizado em Londres, aumenta em 61% o risco de óbito.

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Caso da idosa

Somente neste mês, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) enviou à Secretaria Estadual de Saúde de Goiás o resultado do exame de sequenciamento genético que comprovou a morte da idosa por causa da nova variante. Ela não teve o nome divulgado.

De acordo com o relatório de óbito, no dia 5/2, a mulher sentiu obstrução nasal, dor de cabeça, febre e dispneia. Dois dias depois, ela buscou o primeiro atendimento em hospital de Brasília. Posteriormente, segundo o documento, foi orientada a voltar para casa.

No dia 12/2, ela teve, repentinamente, falta de ar e sofreu uma parada cardiorrespiratória enquanto era levada de carro, pela família, de Águas Lindas para o Hospital Regional de Ceilândia, onde foi confirmado o óbito.

Gravidade das cepas

“As variantes mais graves estão em transmissão comunitária em Goiás”, alertou Amorim. Segundo ela, o aumento de hospitalizações e de óbitos já pode ter relação com a acelerada contaminação de pessoas pelas novas linhagens do coronavírus.

Além de casos em Águas Lindas, a 200 quilômetros de Goiânia, a variante de Manaus já foi confirmada em Goiânia, Catalão e Anápolis, onde também já foi encontrada a linhagem do Reino Unido. Em Luziânia e Valparaíso, que já tiveram casos da cepa britânica, também está em curso investigação para confirmar a transmissão comunitária.

“Só tem a confirmação [laboratorial] desses municípios, mas a gente sabe que isso deve ter dispersado para todo o estado. E a variante do Reino Unido, que a gente está monitorando melhor, pode estar comunitária em outras cidades também”, destacou Amorim.

A secretaria realiza pesquisa em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para fazer o sequenciamento de genoma do vírus. “Até o final desta semana, a gente vai receber o resultado de 60 amostras, que foram encaminhadas de todo o estado, para fazer monitoramento dessas variantes no estado”, antecipou a superintendente.

Segundo a UFG, a previsão é de que, no total, sejam analisadas 120 amostras do coronavírus – 60 da capital e 60 de outros municípios do estado.

Número de contaminados

A representante da secretaria afirmou que ainda vai realizar levantamento de quantas pessoas foram contaminadas em transmissão comunitária em Goiás. “Vou precisar ter esses dados do sequenciamento que a UFG está fazendo para ter ideia, mas já existe transmissão comunitária em Goiás”, reforçou.

Segundo ela, todas as mortes no estado passam por uma criteriosa verificação para saber a data em que a pessoa foi internada e a causa do óbito. Nem todas as pessoas que estão com Covid-19, conforme ressaltou, morrem por causa de complicações da doença.

“A gente teve um paciente que estava com Covid, internado no HCamp [Hospital de Campanha de Goiânia] e se suicidou dentro do hospital, no ano passado. Ele tinha a doença, mas não morreu por Covid”, acentuou. “Por isso, todos os casos gente investiga para saber a relação da morte com a Covid”, asseverou.

Covid-19 em Goiás

Em Goiás, de acordo com monitoramento da secretaria, já foram registrados 437.233 casos de Covid-19, com 9.587 mortes.

Outros 249 óbitos estão em investigação. A taxa de letalidade da doença está em 2,19%.

Em vídeo no Instagram, a Secretaria Estadual de Saúde reforça o alerta para a população manter distanciamento social e seguir as demais recomendações de autoridades sanitárias. Veja abaixo:

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