PSB aprova coligação com PT e chancela nome de Alckmin a vice de Lula

Convenção partidária contou com a participação do petista, em gesto do presidenciável para tentar amenizar as disputas entre as legendas

atualizado 29/07/2022 22:26

Lula e Alckmin na convenção do PSB Gustavo Moreno/Metrópoles

O PSB chancelou por aclamação, nesta sexta-feira (29/7), a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A convenção partidária contou com a participação do petista, em gesto do presidenciável para tentar amenizar as disputas entre as legendas coligadas às vésperas do início da campanha eleitoral.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que as divergências entre candidaturas estaduais são “questões pontuais” e decorrem de “projetos distintos em alguns estados”.

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“Essa é a mais importante coligação que o PSB participa desde a sua reconstrução. A disputa presidencial se afigura entre democracia e autoritarismo, entre civilização e barbárie. Neste contexto, em que pese questões pontuais e projetos distintos em alguns estados, a luta em favor da plenitude democrática une de forma sólida os partidos que compõem o campo progressista em apoio incondicional a Lula e Alckmin”, defendeu.

A reunião ocorre uma semana após o PT oficializar a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. Na ocasião, o partido optou por uma convenção mais “protocolar” e sem a presença dos integrantes da chapa. Neste mesmo dia, Lula e Alckmin cumpriam agenda em Recife (PE).

O PSB, por sua vez, decidiu pela realização de um grande ato em hotel de luxo na capital federal, que teve a segurança reforçada para o evento. Como tem sido de praxe nos eventos com a presença de Lula, todos os jornalistas credenciados para cobrir a cerimonia precisaram passar por detectores de metais, além de revistas pessoais.

Com o nome oficializado, Alckmin passará a cumprir agenda pelo interior do país e demover a rejeição do petista em setores como o agronegócio e o empresariado.

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“Governo quebrou a cara”

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o ato marca a “construção de uma grande unidade em torno de um grande programa para o Brasil”. “É uma alegria estar aqui, porque esse é um processo de construção da unidade em defesa da democracia. PT e PSB já caminharam juntos por muito tempo, em muitas caminhadas e por muitas lutas, mas nem sempre estiveram juntos em todas eleições. Nos segundos turnos, sempre estávamos juntos lá para garantir governos democráticos, populares e progressistas”, lembrou a deputada.

“Nestas eleições, ninguém titubeou. Apesar das divergências que trazíamos dos nossos embates, vimos a necessidade de estarmos juntos para enfrentar o que o Brasil está passando”, completou a petista.

A representante da sigla aproveitou a oportunidade para provocar o presidente Jair Bolsonaro (PL) com o resultado da pesquisa de intenção de votos divulgada pelo Instituto Datafolha. O levantamento aponta Lula na liderança pela preferência do eleitorado brasileiro. A diferença do petista para o atual presidente é de 18 pontos percentuais, de acordo com o estudo.

“Nós temos quem pode oferecer respostas imediatas para o povo brasileiro – e não respostas eleitoreiras, como o governo que está aí, achando que pode comprar votos, e que ontem quebrou a cara com a pesquisa que saiu, porque ele não pode comprar voto, não. Não se compra voto do povo brasileiro. O povo brasileiro entende o que são projetos, programas e está alerta sobre isso”, finalizou Gleisi.

Convenções partidárias

As convenções partidárias são reuniões de filiados para escolha de candidatos e oficialização de coligações com o intuito de disputar um cargo eletivo. A definição ocorre por meio de decisão dos filiados, podendo acontecer mediante votação ou aclamação.

O primeiro candidato à Presidência a ser oficializado foi Ciro Gomes. O ex-ministro da Fazenda teve o nome aprovado por unanimidade pelo PDT em reunião realizada na quarta (20/7).

Os eventos também servem para confirmar candidaturas que tentam uma cadeira no Congresso Nacional, nos Executivos estaduais e nas Assembleias Legislativas. Conforme definido pela legislação, as cerimônias podem ocorrer de 20 julho a 5 de agosto.

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Os atos ainda marcam o sorteio do número que cada candidato vai concorrer nas eleições. Aos partidos políticos fica garantido o direito de manter os números concedidos à sua legenda na eleição anterior e aos candidatos, bem como o direito de manter os números que lhes foram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo.

Vale ressaltar que a legislação eleitoral veda a candidatura avulsa até em casos em que a pessoa está filiada a um partido político. Passado o período das convenções, as legendas terão até 15 de agosto para registrar seus candidatos no TSE. A partir de 16 de agosto, inicia-se, oficialmente, a campanha eleitoral.

Confira a agenda completa: 

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