O resultado das eleições presidenciais em 2022, nesse domingo (2/10), teve o placar mais acirrado já registrado para um 1º turno desde a redemocratização, em 1989. A diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 48,2% dos votos válidos, e do atual mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), que marcou 43,3% do total, é de 5,1 pontos, o equivalente a pouco mais de 6 milhões de votos.
Antes do embate polarizado no último domingo (2/10), a eleição mais apertada até então havia sido a de 2006, quando Lula venceu Geraldo Alckmin – atualmente vice na chapa do petista –, que disputou a Presidência pelo PSDB. Na época, o candidato do PT acabou eleito no segundo turno, com 48,6% dos votos ante 41,6% de Alckmin.
O resultado de 2022 também marca o segundo melhor resultado de Lula para uma disputa do tipo desde 1989; atrás apenas dos números obtidos pelo petista no primeiro turno de 2006, quando ele conquistou 48,6% dos votos.
Em contrapartida, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se consagrou como o dono da vitória mais folgada – ainda em primeiro turno, nas eleições de 1994. O então presidente se elegeu no primeiro dia em que os eleitores foram às urnas, com 55,22% dos votos válidos.
Veja a diferença entre os dois candidatos mais bem colocados no 1º turno, desde 1989:

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Janela partidária: entre 3 de março e 1º de abril, deputadas e deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandatoTSE/Divulgação

Transferência do título: em 4 de maio vence o prazo para que eleitores realizem operações de transferência do local de votação e revisão de qualquer informação do Cadastro EleitoralGetty Images

Quem tem mais de 18 anos e ainda não possui título eleitoral também tem até 4 de maio para solicitar a emissão do documento pelo sistema TítuloNetTSE/Divulgação

Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que queiram votar em outra seção ou local de votação têm entre os dias 18 de julho e 18 de agosto de 2022 para informar à Justiça EleitoralAgência Brasil

Quantitativo do eleitorado: em 11 de julho, o TSE publicará o número oficial de eleitores aptos a votar. O quantitativo serve de base para fins de cálculo do limite de gastos dos partidos e candidatos nas respectivas campanhasGetty Images

Composição da mesa receptora de votos: entre 5 de julho e 3 de agosto, serão nomeados os eleitores que farão parte das mesas receptoras de votos e de justificativas. Também serão escolhidas as pessoas que darão apoio logístico nos locais de votaçãoTSE/Divulgação

Convenções partidárias e registros de candidatura: é nesse período que os partidos fazem deliberações sobre com quem vão coligar e escolhem seus candidatos oficiais às eleições Câmara Legislativa/Divulgação

Voto em trânsito: eleitores que estarão fora de suas regiões de votação na data da eleição podem solicitar entre 12 de julho e 18 de agosto o voto em trânsito, indicando em que cidade estarão no dia do pleitoGetty Images

Propaganda eleitoral: a realização de comícios, distribuição de material gráfico, caminhadas ou propagandas na internet passam a ser permitidas a partir do dia 16 de agostoGetty Images

Data da eleição: o primeiro turno do pleito acontecerá no primeiro domingo de outubro, dia 2. Um eventual segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês. A votação começará às 8h e terminará às 17h, quando serão impressos os boletins de urnaGetty Images

Datas de posse: para os cargos de presidente e vice-presidente da República, bem como de governador, a posse ocorre em 1º de janeiro de 2023. Parlamentares assumem os mandatos em 1º de fevereiroAgência Brasil
2º turno
A campanha à Presidência da República tem o seu reinício a partir das 17h desta segunda-feira (3/10), após um primeiro turno polarizado. Com a confirmação das apurações, o relógio começa a contar 28 dias até o segundo turno.
A campanha de Lula tinha esperança de levar a vitória no fim de semana, mas não teve sucesso. Nos últimos levantamentos divulgados antes das eleições, no sábado (1º/10), o petista aparecia com percentual entre 48% e 51%. Para vencer no primeiro turno, era preciso 50% mais um voto – ou seja, mais da maioria dos votos válidos (excluídos brancos e nulos).
Já Bolsonaro trabalhou para manter os votos que conquistou em 2018, quando teve 49,2 milhões de apoios no primeiro turno e 57,7 milhões no segundo. O candidato à reeleição não só conseguiu como aumentou. O atual chefe do Palácio do Planalto foi escolhido por mais de 51 milhões de brasileiros no pleito desse domingo.