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Bolsonaro “não sabe a família que tem” quando nega corrupção, diz Lula

Petista ainda criticou orçamento secreto e voltou a defender “revogaço” dos decretos de sigilo do governo

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Lula na UnB
1 de 1 Lula na UnB - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu, nesta quinta-feira (28/7), as frequentes provocações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que cita episódios de corrupção envolvendo os governos petistas. “Me parece que ele não sabe a família que ele tem”, disse Lula.

As falas foram feitas durante participação na 74ª Reunião Anual Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade de Brasília (UnB).

Lula afirmou que o “atual governo colocou o Brasil em uma máquina do tempo rumo ao passado”. “Corrupção, desemprego, fome, ameaça a democracia são as marcas desse desgoverno que nega a ciência”, disse.

“Vocês vejam que eu falei em corrupção, porque vira e mexe o presidente diz que não tem corrupção no governo dele. Me parece que ele não sabe a família que ele tem, me parece que ele esqueceu do [Fabrício] Queiroz, me parece que ele esqueceu da quadrilha da vacina. Qualquer denuncia, decreta sigilo de 100 anos”, acrescentou, dizendo que, em um eventual governo, promoverá um “revogaço” de todos os sigilos decretados pelo atual mandatário.

O petista, em seu discurso, prosseguiu com as críticas ao governo bolsonarista. “Veja que inventaram uma motociata para colocar no lugar da pedalada, muito mais grave. Fizeram um tremendo carnaval com o mensalão e hoje estão aprovando o orçamento secreto, que é a maior excrescência da política orçamentária do país”, disparou.

A reunião

Lula esteve, na manhã desta quinta-feira (28/7), na Universidade de Brasília (UnB), onde participou da 74ª Reunião Anual Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O ex-presidente foi ovacionado pelos estudantes na entrada. Aos gritos de “Lula presidente”, o candidato ao Palácio do Planalto discursou em defesa do investimento em pesquisas científicas e na comunidade acadêmica.

Antes de Lula discursar, a reitora da UnB, Marcia Abrahão, saiu em defesa da autonomia das universidades federais e da democracia. “Nós não abrimos mão da democracia. Precisamos de democracia e autonomia. É o que precisamos para continuar e termos certeza que assim o Brasil irá corresponder com a sociedade. Precisamos de democracia e de uma universidade forte e autônoma”.

Após a fala da docente, o petista homenageou a UnB. “Quero fazer homenagem especial à UnB pelos 60 anos de uma vida dedicada ao conhecimento e a luta pela democracia. A UnB nasceu do sonho de Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira e é a prova viva de que sonhar vale a pena”, disse o presidenciável.

A oportunidade serviu para o candidato à Presidência da República recebesse um documento com propostas pra desenvolvimento científico e tecnológico do país. A carta é assinada pelo ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro. “A educação é absolutamente primordial para todos os efeitos. Não existe oposição entre salvar vidas e salvar a economia. Todas as questões implicam que o Brasil volte a ter um projeto de nação”, disse o ex-ministro.

Lula defendeu que o atual governo é marcado por um “apagão científico”. “E o resultado mais trágico do apagão científico que estamos vivendo hoje é a morte de mais de 600 mil pessoas pela Covid-19. O atual governo chegou ao cúmulo de boicotar as vacinas que salvaram milhares de vidas ao redor do mundo”, criticou.

A ida de Lula à UnB faz parte da sua agenda dois dias na capital federal. Mais tarde, o petista se reunirá na Confederação Nacional de Transportes (CNT). Na sexta-feira (29/7), o presidenciável participa da convenção partidária do PSB, que deve aprovar a candidatura a vice de Geraldo Alckmin na chapa com o petista.

Novas reuniões

Além de Lula, o SBPC convidou os outros dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto: Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT). O pedetista é esperado na instituição de ensino nesta sexta-feira (29/7).

A segurança da UnB foi reforçada para a visita dos presidenciáveis. Para entrar, estudantes e jornalistas precisam passar por detectores de metal e por revistas pessoais. Apenas pessoas credenciadas têm a entrada autorizada no auditório.

A reunião anual da SBPC é tida como um dos principais eventos da comunidade científica e acadêmica brasileira. É a primeira reunião realizada de maneira presencial nos últimos dois anos. No total, serão 117 atividades presenciais e 110 online.

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