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Eleições 2020: Podemos e PSL tinham mais candidatos, porém só emplacaram 183 prefeitos

Siglas despontaram com o lançamento de candidaturas este ano. Contudo, não viram resultado refletir nas urnas

atualizado

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Funcionários do TRE preparam urnas eletrônicas para o dia das eleições de 202012
1 de 1 Funcionários do TRE preparam urnas eletrônicas para o dia das eleições de 202012 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Promissores em candidaturas, Podemos e PSL não ficam entre os partidos com mais prefeitos eleitos no primeiro turno das eleições 2020. As duas siglas tiveram a maior alta no número de postulantes  a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, mas ficaram 14º e 16 º lugares no ranking dos partidos com mais chefes dos executivos municipais eleitos.

Neste ano, o Podemos — antigo PTN — e o PSL — ex-partido do presidente Jair Bolsonaro — se destacaram com o aumento de candidaturas. Porém, terminaram o primeiro turno com 96 e 87 prefeitos eleitos, respectivamente.

O PSL teve o maior ganho em número real de candidaturas: 11.593 — aumento de 110,1%. A sigla passou de 9.791 postulantes em 2016, para 20.627 este ano.

Em seguida, o Podemos viu suas candidaturas crescerem em 110,6%. Saltou de 9.791, no pleito anterior, para 20.627 na disputa eleitoral deste ano. Saldo positivo de 10.866.

Apesar do panorama, Podemos e PSL tiveram tiveram o melhor resultado em 16 anos. Ambas as sigla elegeram 30 prefeitos no último pleito, em 2016. O Podemos, por exemplo, elegeu 220% mais prefeitos. O PSL teve crescimento 190%.

Os dados fazem parte de uma comparação do Metrópoles, com base em informações compiladas e divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2016 e de 2020.

O topo do ranking ficou com MDB (766 prefeitos eleitos), PP (672), PSD (640), PSDB (497), DEM (458) e PL (338).

O PP e o PSD são outros partidos que aumentaram em mais de 30% seus números. O primeiro passou de 29.421 em 2016, para 39.617 este ano. O segundo, pulou de 28.031 há quatro anos, para 38.381 agora.

No caso do PP, a sigla terminou o primeiro turno das eleições como a segunda que mais elegeu prefeitos. O PSD seguiu a mesma tendência e fechou o pleito na terceira colocação.

Na ponta contrária dos partidos que mais tiveram ganhos, pelo menos em termos de candidaturas, o PV foi a sigla que mais assistiu a expressividade diminuir. A agremiação que defende causas ambientais perdeu 4.719 postulantes no mesmo período. Encolhimento de 27,8%.

A tendência se refletiu nas urnas. O partido elegeu 55% menos prefeitos. Passou de 101 em 2016 para 45 agora, segundo dados do TSE.

Na mesma tendência, o Democracia Cristã também viu em derrocada o número de postulantes. O partido perdeu 2.749 nomes. Passou de 7.607 em 2016, para 4.858 este ano: recuo de 36,1%.

Mesmo reflexo no pleito do último domingo (15/11). O Democracia Cristã, que fez oito prefeitos em 2016, elegeu apenas um nome agora  — 87% menos.

Efeito coligação

Para o mestre em ciência política e vice-presidente da Arko Advice, empresa de análise política, Cristiano Noronha, a proibição das coligações nas eleições proporcionais levou os partidos a lançarem mais nomes.

“Os partidos se apoiavam para entrar na coligação. Como isso foi proibido, as siglas se viram na obrigatoriedade de lançar candidatos”, explica.

Cristiano explica que as candidaturas próprias impactam na construção de uma base para outros pleitos. “Um postulante que concorreu agora, daqui a dois anos ele está conhecido e por ter participado de eleição, tem um ponto de partida maior para concorrer ou almejar um cargo maior”, pondera.

O especialista explica que a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, influenciou na escolha de nomes tradicionais.

“Acredito que os gestores que enfrentaram com eficiência a pandemia, foram beneficiados. É mais fácil a pessoa se lembrar do prefeito atual, por exemplo.  Aqueles gestores que erraram, foram penalizados”, finaliza.

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