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Recuperação lenta e desemprego reduzem consumo na Copa, diz CNC

Em 2014, a taxa de desemprego no Brasil era de 7,1% da população economicamente ativa, contra os 12,9% recentemente divulgados pelo PNAD

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Filipe Cardoso/Metrópoles
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1 de 1 Filipe Cardoso/Metrópoles - Foto: Filipe Cardoso/Metrópoles

A Copa do Mundo de 2018 deve estimular menos o varejo brasileiro em relação a edição anterior. Em meio a um cenário de incertezas e de desemprego elevado, as famílias brasileiras estão menos propensas ao consumo de itens relacionados ao mundial de futebol, segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A pesquisa, conduzida em todas as capitais e respectivas regiões metropolitanas do país, revela que apenas 24% das famílias brasileiras estão dispostas a comprar produtos em decorrência da Copa. O número representa menos da metade da intenção de gastos relatada antes da realização do mundial de futebol de 2014, quando 50,1% das pessoas previam gastos estimulados pela competição.

Segundo a CNC, o envolvimento da população era naturalmente maior em 2014 pelo fato de o Brasil ter sediado a Copa no ano, mas também pesaram em 2018 as condições de consumo menos favoráveis do que há quatro anos.

“A recuperação da economia e do consumo segue lenta e sujeita a oscilações. No trimestre encerrado em abril de 2014, por exemplo, a taxa de desemprego no Brasil era de 7,1% da população economicamente ativa, contra os 12,9%, recentemente divulgados através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Igualmente, a taxa média de juros cobrada dos consumidores na concessão de crédito, atualmente em 55,0% ao ano, era de menos de 47,9% às vésperas do Mundial realizado no Brasil”, justificou a CNC, em nota.

A pesquisa ouviu cerca de 18 mil consumidores. Os produtos mais procurados este ano devem ser alimentos e bebidas (citados por 9,9% das famílias entrevistadas), itens de vestuário masculino, feminino e infantil (mencionados por 7,5%) e aparelhos televisores (lembrados por 4,3%). Em todos os casos, porém, as intenções atuais de gastos foram menores em relação às relatadas na Copa passada: 21,5%, 14,3% e 13,3%, respectivamente.

Os itens alimentos e bebidas foram mais mencionados em São Luís (citados por 30,7% dos entrevistados), enquanto os consumidores de Boa Vista foram os mais propensos a consumir itens de vestuário (23,3%). Manaus liderou as intenções de consumo de televisores (12,6%).

Mais da metade (51,6%) daqueles com pretensão em consumir deve gastar pelo menos R$ 200,00. Outros 39,2% dos consumidores declararam intenção de consumir mais de R$ 300,00 com itens relacionados à Copa.

Segundo 63,6% dos entrevistados, os gastos serão pagos à vista, sendo ainda mais frequentes entre os consumidores da faixa de renda mais elevada (70,9%). Curitiba (83,0%), Boa Vista (72,9%) e São Paulo (72,1%) destacaram-se das demais áreas na incidência de pagamentos à vista.

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