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Dólar fecha em alta e bolsa cai influenciados por prisão de Temer

Moeda norte-americana havia começado o dia em alta, chegando a R$ 3,74. Após as notícias da operação contra emedebista, atingiu R$ 3,81

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Um real 1 – Moeda – Dolar – Americano – Economia – Inflação – Queda – Bolsa de Valores – Valor
1 de 1 Um real 1 – Moeda – Dolar – Americano – Economia – Inflação – Queda – Bolsa de Valores – Valor - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O dólar fechou em alta de 0,98% frente ao real nesta quinta-feira (21/3) influenciado pela prisão do ex-presidente Michel Temer. A prisão faz parte de inquéritos referentes a desmembramentos da Operação Lava Jato. O ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) também foi alvo da Polícia Federal nesta operação.

A moeda norte-americana havia começado o dia em alta chegando a R$ 3,74, mas após as notícias da operação contra Temer ela disparou e atingiu o valor de R$ 3,81. Além da moeda norte-americana operar em alta a tarde toda, a principal bolsa do Brasil, Índice Bovespa, chegou a 1,3% de baixa depois da prisão.

Como reação ao aumento do dólar, o Banco Central do Brasil vendeu 14,5 mil contratos de swap cambial tradicional, ou seja, dólares no mercado futuro.

Segundo o especialista em investimentos, Walter Nolasco, sócio fundador da Continuum Private, a alta é sempre esperada neste cenário. O especialista ainda pondera o que leva ao aumento da moeda: “Quanto menos escândalos melhor para o governo, pois aumenta a confiança dos investidores internacionais, o que leva à queda do dólar, aumentando a segurança em investir no país” .

A prisão gera instabilidade no mercado pela insegurança de investidores que acabam retirando o dinheiro aplicado no país anteriormente. “Essa diminuição de confiança dos investidores leva ao aumento do valor das moedas estrangeiras e queda da bolsa. Hoje o mundo todo olha para nosso cenário político ao tomar a decisão de entrada, ou não, no mercado brasileiro”, explica Nolasco.

Reforma desanima o mercado
O mercado de investimentos também tem sido influenciado pelo principal projeto político em discussão no país: a reforma da Previdência. Apesar de o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, negar que tenha ocorrido desidratação, os investidores reagiram mal na quarta-feira (20). Na véspera, o principal índice da B3 perdeu 1,55%, aos 98.042,87 pontos.

“Como os militares contribuirão somente com 1% da estimativa de economia de R$ 1,1 trilhão? Isso deve abrir precedente e mostrar que a negociação para aprovar a reforma previdenciária será difícil”, avalia um operador.

O especialista em Previdência Pedro Fernando Nery afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo pode ter errado na mão ao incluir a reestruturação da carreira militar na proposta de reforma de aposentadoria enviada nessa quarta ao Congresso. Ainda assim, ele vê pontos positivos no texto.

“Isso deve gerar ruídos no mercado, mas não inviabiliza a aprovação”, pondera o analista Thiago Salomão, da Rico Investimentos.

(Com informações da Agência Estado)

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