Dois jovens somem após serem abordados por investigadores da Polícia Civil
O Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil investigam o desaparecimento Thales Barreto e do amigo Christiano
atualizado
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O Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil investigam o desaparecimento de Thales Barreto de Santana, 17 anos, visto pela última vez em 19 de agosto. Segundo informações do G1, o jovem desapareceu após sair de casa acompanhado de um amigo identificado como Christiano.
Entretanto, o desaparecimento dos meninos aconteceu sob a suspeita de envolvimento de policiais civis e a informação é de que os dois rapazes teriam sumido após terem sido abordados por investigadores no dia anterior.
Thales teria entrado em um Gol azul perto de casa, no Jardim Helena, na zona leste de São Paulo, e uma testemunha revelou que gravou a presença dos dois homens dentro do veículo.
“Meu filho é usuário de droga e estava passando para frente, como aviãozinho. Os policiais entraram e pediram R$ 30 mil para não prender ele. Depois baixaram o valor para R$ 3 mil. Como meu filho não tinha o dinheiro, começaram a fazer tortura psicológica com ele, dizendo que fariam coisas ruins com a minha neta”, contou a mãe de Thales, Amanda Queiroz Barreto, 33 anos.
De acordo com Amanda, os dois policiais chegaram a levar a droga, que estava em uma sacola, para fora da casa. “Depois trouxeram de volta. Só no dia seguinte, quando meu filho desapareceu, que eles levaram a droga embora”, disse.
Investigação
Durante depoimento, Amanda repassou a placa do carro usado pelos dois homens que se identificaram como policiais civis. Nessa quinta-feira (17/9), ela recebeu a visita da Corregedoria da Polícia Civil. “Depois de quase um mês do desaparecimento do meu filho é que a polícia apareceu aqui”, desabafou.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que a “Corregedoria da Polícia Civil investiga todas as circunstâncias referente ao desaparecimento dos dois homens e sobre a denúncia citada”.
O Ministério Público (MP) também acompanha o caso e informou que a Polícia Civil entrou em contato com a família do rapaz e pediu o celular dele para que seja feito o pedido de quebra de sigilo telefônico.
Ainda de acordo com o MP, “não há indícios, por hora, do envolvimento dos policiais”.