“Deus me salvou dessa”, diz jovem ferido em queda de caixa d’água
Rapaz de 18 anos recebeu alta nesta segunda-feira (12/7); ele foi atingido por uma caixa d’água gigante que desabou sobre sua casa
atualizado
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Goiânia – O jovem Yuri Louredo Guiliani, de 18 anos, recebeu alta médica no início da tarde desta segunda-feira (12/7) após ficar cinco dias internado, em decorrência do desabamento de uma caixa d’água com capacidade para 1 milhão de litros na casa onde ele estava. O rapaz ficou gravemente ferido e chegou a ficar sedado e intubado.
O acidente aconteceu na última quinta-feira (8/7), no bairro Parque Industrial, município de Senado Canedo, na região metropolitana de Goiânia, quando Yuri estava sozinho em casa, por volta das 9h55. A caixa d’água que ficava ao lado de sua residência, com altura equivalente a um prédio de 10 andares, caiu, exatamente, em direção à casa do jovem.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Yuri comemora a saída do hospital: “‘Vambora’ né, graças a Deus. ‘Tô’ vivo, cheio de hematomas, mas, graças a Deus, Deus me salvou dessa. Agora ‘vambora'”, disse ele, que foi levado para a casa de uma tia, na capital goiana, após cinco dias de internação, sendo três dele na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
Veja o vídeo:
À TV Anhanguera, a família de Yuri informou que, por medo do coronavírus, foi pedido o acompanhamento do tratamento do jovem em casa, já que a expectativa era de que ele ficasse na unidade de saúde por mais alguns dias.
Resgate
Yuri ficou soterrado sob os escombros da residência e foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros. Por conta da gravidade dos ferimentos, o jovem precisou ser transferido para um hospital de Goiânia. Em seguida, devido à gravidade do caso, ele foi transferido em um helicóptero dos bombeiros para o Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia (Hugol).
Casa destruída
A casa da família foi completamente destruída e arrastada pela força da estrutura de ferro do reservatório e da água que levou tudo que estava pela frente. No momento da queda, havia cerca de 600 mil litros de água na caixa. Yuri estava em casa, a mãe no trabalho e o irmão mais novo dele, de apenas 3 anos, estava na creche.
Nesse domingo (11/7), equipes da prefeitura começaram a remover os restos do reservatório que ficaram no local. O prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo (PSD), voltou à rua do bairro Parque Industrial. Ele solicitou à Defesa Civil que seja prestado todo o apoio à família de Dalilia para recuperar documentos e objetos perdidos com a destruição da casa.
Informações sobre possível ressarcimento ou reconstrução da residência da família, ainda, não foram divulgadas. Amigos chegaram a iniciar uma campanha de doação para ajudar Dalila e os filhos.
Desabamento
A caixa d’água auxiliava no abastecimento de 18 bairros de Senador Canedo e funcionava desde outubro de 2019. Ela pertence ao serviço municipal de saneamento, executado pela Agência de Saneamento de Senador Canedo (Sanesc).
O desabamento aconteceu na última quinta-feira (8/7) e atingiu quatro casas. Outras residências próximas também sofreram danos estruturais. O Metrópoles segue acompanhando o caso para novas atualizações.
De acordo com a descrição de vizinhos próximos, o barulho da queda foi muito alto e o chão chegou a tremer. A tampa da caixa d’água caiu sobre a casa de Yuri e a água que estava no interior do reservatório, praticamente, arrastou a casa. Pedaços de telhado, madeira e concreto se espalharam pelo asfalto.
Em nota, a agência informou que os técnicos estão averiguando as causas do acidente. Uma equipe da Polícia Técnico-Científica de Goiás (PTC-GO) esteve no local e solicitou documentos sobre o projeto do reservatório e o manual de operação. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento exato da queda.
Veja:
Os moradores relataram ao Metrópoles que ela era dividida em compartimentos e que só estaria com água na parte superior. O presidente da Sanesc, Cainã Teodoro, diz que a caixa foi feita para trabalhar em qualquer uma das partes e que não faria sentido a hipótese dela cair, porque só teria água na parte alta.