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Cangaceiro Trader, famoso nas redes, é preso por golpe em clientes

De acordo com o MP do Ceará, ele é suspeito de lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra a economia popular

atualizado

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Imagem colorida mostra homem conhecido como canga trader, que foi preso pela polícia - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra homem conhecido como canga trader, que foi preso pela polícia - Metrópoles - Foto: Reprodução / Redes sociais

A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (14/12), Francisco Emanuel Pereira dos Santos, conhecido nas redes sociais como “Cangaceiro Trader” ou “Canga”. A prisão preventiva do cearense foi determinada pela Justiça e ocorreu em uma casa de condomínio de alto padrão no município de Carapicuíba (SP).

O homem, que se apresenta como “trader de maior reconhecimento mundial” e tem mais de 300 mil seguidores no Instagram, é suspeito de praticar lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra a economia popular. O Ministério Público estima que as fraudes aplicadas contra os clientes das operações ultrapassem o valor de R$ 10 milhões.

De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará, a operação “Terra Prometida” é resultado de uma parceria do Núcleo de Investigação Criminal com o GAECO do MP de São Paulo e com o Departamento de Operações Especiais Estratégicas (DOPE), da Polícia Civil paulista. Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão.

Durante as buscas, a polícia apreendeu equipamentos, eletrônicos, blocos de anotações, veículo e relógios de luxo. O Ministério Público do Estado do Ceará criou um canal direto para receber denúncias de clientes que foram vítimas desse golpe. Basta enviar as informações e os dados para o e-mail terraprometida@mpce.mp.br.

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O esquema

O MP do Ceará detalhou que, por meio das redes sociais, Francisco Emanuel  atraia clientes ao oferecer cursos e propostas de “alavancagem de contas”, com promessas de lucros acima da média de outros investimentos.

Durante as investigações, o NUINC identificou vítimas do esquema em cinco estados brasileiros (Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Segundo o MP, uma das operações fraudulentas que mais chamou atenção era a chamada “quebra da banca”. Quando o investimento em determinadas ações da bolsa fracassava, o trader se apropriava do dinheiro dos clientes e repassava parte para uma corretora parceira.

As fraudes foram comprovadas pela análise da medida cautelar de quebra de sigilo bancário e fiscal deferida pelo juízo da 11ª Vara Criminal de Fortaleza. Também ficou evidente uma movimentação milionária em suas contas, bem como a ocorrência de diversas tipologias de lavagem de dinheiro, como a conversão de moeda em criptoativos.

O MP informou também que, em razão da grande quantidade de vítimas, pediu o sequestro de cerca de R$ 6 milhões das contas do investigado. O órgão ministerial estima que as fraudes aplicadas contra os clientes das operações ultrapassem o valor de R$ 10 milhões.

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