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Bolsonaro volta a questionar mortos por Covid para defender cloroquina

Presidente da República falou sobre o assunto em sua live semanal nas redes sociais nesta quinta-feira (10/6)

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a insistir nesta quinta-feira (10/6), em sua live semanal pelas redes sociais, que dados do TCU indicam supernotificação nos óbitos por Covid-19, apesar de a Corte ter informado que não produziu o relatório citado por ele. Um servidor do TCU ligado à família do presidente montou a tabela que tem sido usada por Bolsonaro para acusar governos estaduais de inflarem os dados de óbitos por Covid para terem acesso a mais recursos.

Bolsonaro não mostrou os números, mas disse que sua tabela, que seria baseada em acórdãos do TCU, trabalha com o crescimento “natural” do número de mortos por ano. “Se pegar o ano de 2020 e tirar 200 mil óbitos [por Covid-19], o número de óbitos em relação a 2019 é negativo”, afirmou o presidente.

Ele disse que o relatório “não é conclusivo”, mas reafirmou sua crença na supernotificação. “Talvez, para conseguir mais recursos federais, isso poderia ser patrocinado pelos respectivos secretários estaduais de Saúde”, afirmou Bolsonaro.

“Segundo esse documento não conclusivo”, continuou o presidente, “o Brasil teria um número de mortos por milhão de habitantes bem reduzido. Qual seria o milagre disso aí? O tratamento imediato. Não vou falar outro nome aqui pra live não cair, mas tratamento com o quê? Você sabe”, afirmou ainda, referindo-se à cloroquina, remédio que não tem eficácia comprovada contra a doença, mas que ele defende apesar da oposição de seu ministro da Saúde, que admitiu a ineficácia em depoimento à CPI da pandemia.

“Então, o tratamento inicial dá certo”, insistiu Bolsonaro. “E eu fui um dos raros chefes do Estado que apostei nisso. E uma das primeiras pessoas que conversou comigo sobre isso, logo no início, foi o Arthur Weintraub. Daí aparece um [não conclui, mas reclama de reportagem do Metrópoles com vídeo de médicos defendendo a cloroquina e minimizando a importância da vacina]”.

“Eu fiz uma reunião aqui, os Médicos pela Vida. Naquela época tinha uns 10 mil médicos, muito mais. Presente, a senhora Nise Yamagushi, que é respeitável em todos os aspectos, em especial, pela sua vida dedicada aí a salvar vidas. A CPI mostra aquilo como gabinete paralelo, gabinete paralelo… foi transmitido ao vivo aquilo”, concluiu ele.

Sem máscara

A transmissão ocorre pouco após o presidente anunciar, em cerimônia no Palácio do Planalto, que determinou ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que assine uma norma desautorizando o uso de máscaras por vacinados contra a Covid-19 e por curados da doença, contrariando as recomendações do próprio Queiroga, que é vacinado e sempre usa a proteção.

Confira a íntegra da live do presidente da República:

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