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Ambulantes desafiam fase emergencial e seguem nas ruas de São Paulo

Nem o pior cenário da Covid-19 na capital paulista espanta o movimento. “Preciso trabalhar”, diz comerciante

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Movimentação de vendedores ambulantes na região central de São Paulo, na quarta-feira (31/3)
1 de 1 Movimentação de vendedores ambulantes na região central de São Paulo, na quarta-feira (31/3) - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Mesmo com a fase emergencial em vigor em São Paulo, na qual só é permitido o funcionamento de uma lista restrita de serviços essenciais, os vendedores ambulantes continuam a ocupar as ruas da cidade.

Em um rápido passeio pelas regiões centrais da capital paulista, o Metrópoles flagrou diversos pontos de comércio ambulante.

O principal argumento dos vendedores é a necessidade de trabalhar. O comerciante Eleno Nascimento, 74 anos, se explica: “Tenho as minhas obrigações, filho para cuidar e contas para pagar”.

Ele ficou um tempo em casa, mas tem uma semana que decidiu voltar a montar sua banca de roupas ao lado da Santa Casa de Misericórdia, na Vila Buarque.

Eleno Nascimento
Comerciante Eleno Nascimento enfrenta o risco de contágio da Covid-19 e o de ser pego pela fiscalização

“Vende quase nada, mas é preciso arriscar para conseguir o pão de cada dia”, justifica o comerciante, que mora em Itaquera, no Jardim Brasília.

Eleno diz enfrentar dois medos: o do contágio da Covid-19, embora já tenha tomado a primeira dose da vacina, e o risco de a fiscalização aparecer e levar tudo.

O temor em relação à fiscalização faz com que os vendedores não queiram falar e se esquivem da equipe de reportagem.

Ao Metrópoles, a Prefeitura de São Paulo ressaltou que as subprefeituras da Sé e e da Mooca intensificaram as operações de fiscalização no período da Fase Emergencial do Plano SP.

De acordo com o órgão, só nos dois primeiros meses deste ano foram apreendidos mais de 19.500 lacres de produtos irregulares.

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Ao Metrópoles, o secretário de Desenvolvimento Regional de São Paulo, Marco Vinholi, reconheceu a dificuldade econômica da população, mas ressaltou que há risco de vida com a exposição ao vírus.

“A gente entende a situação, a dificuldade, mas é um momento de extrema contundência da pandemia e estão correndo perigo de vida dentro disso. Nós estamos atuando para que essas pessoas possam ter auxílio também e superar essa fase mais aguda. Alimento solidário fez isso e estamos trabalhando de outras formas no governo”, disse Vinholi.

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