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“O presidente tem que confiar em mim, não na imprensa”, diz Jacaré

Ao Blog do Noblat, Waldir Ferraz diz que ainda não falou com Bolsonaro desde a matéria da Veja. “Você é capaz de trair seu patrão?”

atualizado

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Evandro Éboli / Metrópoles
Waldir Ferraz, o Jacaré, deixa o STF após a posse de André Mendonça, em dezembro de 2021
1 de 1 Waldir Ferraz, o Jacaré, deixa o STF após a posse de André Mendonça, em dezembro de 2021 - Foto: Evandro Éboli / Metrópoles

No centro do noticiário político depois de confirmar à Veja a existência de esquema de rachadinha nos gabinetes dos Bolsonaros, Waldir Ferraz, o Jacaré, conversou com o Blog do Noblat e, conforme postou nas redes sociais após a repercussão da reportagem da revista, reafirmou que relatou apenas o que conhece e ficou sabendo pelo noticiário em relação ao esquema.

Jacaré contou que não conversou com o presidente desde a publicação da matéria, que não tem ideia como ficará a relação com ele e que jamais faria algo para prejudicar Bolsonaro.

“Você é capaz de trair seu patrão? Conhece alguém que faz isso? Se conhecer, me dá um exemplo. Deram um tiro no pé. Usaram de má-fé comigo. Me chamaram para falar de um assunto e falaram de outro. Por isso, o Bolsonaro é chateado com a imprensa”, disse Waldir Ferraz ao Blog do Noblat.

A revista Veja publicou, nesta sexta, os áudios da conversa com o assessor.

Amigo de Bolsonaro há mais de 30 anos, Jacaré afirmou que não falou com o presidente ainda, que ele, Bolsonaro, deve confiar na sua palavra e que não acredita em quebra de confiança.

“Não conversei nada com ele. Não posso avaliar [se houve quebra de confiança de Bolsonaro]. Só o tempo dirá. O presidente tem que confiar em mim, não na imprensa. Já fui vítima disso daí.”

O amigo de Bolsonaro reafirmou que seu conhecimento sobre esquema de rachadinha dos Bolsonaro é por meio do que sai nos jornais, na imprensa.

“Já falei que tudo que sei dessas histórias de rachadinha é através da imprensa. Nem ia no gabinete do Flávio, no Rio. Sou um cara independente, não tinha ligação com ninguém. Minha relação é pessoal com o Bolsonaro. Vou te dizer mais. Lá no Rio, ia para a casa do Bolsonaro, saia de lá, às vezes o deixava no gabinete do Flávio e saía. Deixava ele lá e ia para a rua fazer compras, até para o camelódromo. Não sentia bem em estar lá”, afirmou Jacaré.

O assessor comentou o ataque que sofreu de Fabrício Queiroz – que, nas suas redes, atacou Waldir Ferraz após a publicação da reportagem na revista. Queiroz, suspeito de ser peça-chave no esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, chamou Jacaré de “traste”. Ele reagiu:

“Vi que tá metendo o pau em mim, querendo me provocar. Não tenho intimidade com ele. Não frequentei o gabinete do Flávio. Só, como disse, quando Bolsonaro ia ao Rio. Não tenho ligação próxima, de tomar cerveja. Aconteceu uma coisa no passado, entre mim e ele [Queiroz]. Me disse que ficou jogado, que ninguém falava nada, que o governo estava cheio de cargo e ninguém fez nada. E isso vazou e não fui eu quem publiquei. Vou colocar conversa minha em imprensa?!”.

O assessor diz que está mantida sua disposição em disputar uma vaga para a Câmara dos Deputados, pelo PTB. Sobre ter ou não o apoio dos Bolsonaros, ele respondeu:

“Sou candidato, tenho trabalho para isso. Se quiserem me apoiar, que me apoiem.”

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