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Fórmula do amor Volume 2. O que fundamenta um bom relacionamento

De volta à saga, investigamos os campos sociais, econômicos e sexuais para descobrir o que as pessoas querem em um casamento

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Depois de esclarecermos o que deve ser observado em um relacionamento nos sentidos jurídico e psicológico, chegou a hora de aprofundar outras questões importantes. Afinal, posso me casar com alguém que tenha uma renda inferior à minha? Pessoas com opiniões políticas diferentes conseguem ficar juntas? E na hora do sexo, incompatibilidade pode ser um aprendizado para ambos?Os questionamentos para descobrir a fórmula do amor continuam.


Visões sociais de um casamento

A socióloga Anelise G. Estivalet, considera o amor como algo construído a partir das relações sociais, do convívio e das condições de vida que formam esse relacionamento. Por isso, se você está pensando em começar a namorar, a profissional explica que deve ser observado a maneira que o outro age e como isso faz com que você se sinta. “Você está sendo respeitado? Essa pessoa te dá segurança? Nenhum relacionamento deve ser baseado na opressão, no controle ou no medo”.

A socióloga também desacredita que pessoas precisam ter opiniões políticas semelhantes para que o casamento dê certo. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Lincoln-Nebraska e da Universidade de Rice, nos EUA, concluíram após um estudo que maridos e esposas buscavam parceiros com visões sociais e políticas parecidas. “No amor não existem verdades inquestionáveis, é primordial estabelecer um diálogo”, avalia Anelise.

Além disso, a profissional acredita que a pós-modernidade, propensa a mudar com rapidez e de forma imprevisível, tem sido fatal para nossa capacidade de amar.”Hoje em dia tornou-se comum o término de relacionamentos por mensagens ou telefone, atitudes permeadas pelo medo e descartabilidade. Acabamos adaptando nossos comportamentos consumistas para nossas relações amorosas”, explica a profissional.


Qual o peso do dinheiro?

Em um novo estudo publicado na American Sociological Review, a socióloga Alexandra Achen Killewald, de Harvard, descobriu: o que aumenta a probabilidade de um divórcio não é a quantidade de dinheiro, mas sim se o marido está trabalhando em tempo integral. A análise – feita com 6,309 casais, entre 1968 e 2013, dos quais 1.684 estavam divorciados ou permanentemente separados durante esse tempo –, mostrou que, enquanto o ideal de “dona de casa” diminuiu em sua importância, a figura do “chefe de família” ainda está de pé.

Apesar do estudo ser limitado (não houve dados suficientes para análises de casais do mesmo sexo, por exemplo), Killewald diminuiu o papel do dinheiro, considerado algo menos importante para a estabilidade de um casamento do que o papel do trabalho.

 

O planejador financeiro Mateus Soares reforça a pesquisa e ainda acrescenta que só há isonomia entre o casal na hora de tomar as decisões de investimento, se o homem ganhar menos. “No meu dia a dia observo que quando o salário da mulher é maior, a tomada de decisão entre o casal fica equilibrada. No entanto, quando o homem recebe mais, eu percebo que quem dá as cartas é somente ele.”

Os dados mostram que o machismo ainda está intrínseco nas relações amorosas — ainda mais quando se fala de independência financeira da mulher.

Para Mateus, existem dois tipos de pessoas: de perfil gastador e de perfil poupador, mas que nesses estilos não existe a parte “certa”, sendo o correto ser aberto e chegar a um consenso. “Casar com alguém que tenha o perfil oposto pode ser uma fonte de desentendimentos durante o relacionamento. Enquanto um quer poupar para comprar uma casa, por exemplo, o outro pode querer gastar a maior parte da renda em viagens e restaurantes”.

 

Amor & Sexo

A profissional especialista em sexualidade humana, Tatiana Leite, acredita que na hora de começar um relacionamento devemos refletir na individualidade das pessoas, entender como nosso corpo reage ao parceiro (a) e evitar fórmulas de atração sexual.

“Não existe uma regra fixa na hora do sexo, zonas erógenas não se reduzem a apenas um local”, explica a profissional. Além disso, esqueça a ideia de que as relações sexuais mais bem-sucedidas são daqueles que têm vontades semelhantes na cama. O que deve estar em pauta é uma boa comunicação sexual. “O gostoso do sexo é não cair na rotina. Porque se eu já sei o que o outro quer eu sempre vou fazer daquela forma. E o legal é experimentar situações novas, coisas novas. Não existe somente uma sintonia perfeita, podemos desenvolver tudo. Isso sim é um casal bem-sucedido”, conclui.

 

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