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Policiais civis deixam de colher 50 mil depoimentos durante operação

Os dados são do Sinpol e mostram que o movimento da categoria afeta a investigação de crimes graves no DF. “Greve branca” já dura quase dois meses e não há expectativa de término

atualizado

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A “Operação Legalidade” da Polícia Civil está prejudicando as investigações de crimes graves no Distrito Federal. Levantamento feito pelo sindicato da categoria (Sinpol) mostra que 50 mil depoimentos que dariam sustentação aos pedidos de prisão deixaram de ser colhidos durante os quase dois meses de operação. O impasse dos policiais com o governo não tem data para ser solucionado.

Nas delegacias, os policiais foram instruídos pelo movimento a não fazerem relatórios ou assinarem boletins de ocorrência de outras forças de segurança. Também existe orientação para que seja interrompido o recolhimento de cadáveres cujas mortes sejam decorrentes de causas naturais.

Vale lembrar que até mesmo cargos de chefia foram entregues. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis, mais de 85% dos postos de chefia foram desocupados na semana passada. Assim, muitas delegacias ficaram sem os responsáveis por determinar os encaminhamentos de investigações.

A principal reivindicação dos policiais civis é o aumento salarial, fazendo com que os vencimentos se equiparem ao valor recebido pela Polícia Federal. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) tem afirmado que o Distrito Federal não tem caixa para bancar o reajuste.

Na próxima quinta-feira (25/8), uma nova assembleia da categoria está marcada para as 14h. Na ocasião, os policiais vão deliberar quais as próximas ações para pressionar ainda mais o GDF em busca do aumento. “Toda a polícia está tendo dificuldade e todas as investigações estão se tornando mais demoradas”, garante o presidente do Sinpol, Rodrigo Franco.

Mobilização
Os policiais estão mobilizados desde 4 de julho. Nesta segunda-feira (22/8), os agentes fecharam o Eixo Monumental durante uma manifestação e pararam diversas viaturas alegando que os veículos não têm condições de rodar.

A verdade é que a Polícia Civil sofre com a falta de investimento e não tem condições de trabalho também. A entrega simbólica das viaturas com defeitos ao departamento responsável mostra apenas que a PC vem sendo sucateada.

Rodrigo Franco, presidente do Sinpol

Segundo o Sinpol, cerca de 300 viaturas foram entregues para manutenção. A ideia é encostar esses veículos que estariam sucateados, dificultando ainda mais o trabalho da corporação. Esse número significaria 20% do total da frota da Polícia Civil, de 1.470.

Entretanto, em nota, a corporação informou que recebeu apenas 70 viaturas para reparos, o que “ocorreria regularmente e não apenas agora, por ocasião do movimento reivindicatório”. A Polícia Civil informou ainda que as viaturas passam por revisão a cada 10 mil km rodados, em oficina própria, na Divisão de Transportes.

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