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“Don Juan” investigado pela Polícia Civil do DF ostenta vida de luxo

Nas redes sociais, ele continua postando, mesmo após ser indiciado pela polícia, fotos de viagens internacionais e carros esportivos

atualizado

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Arquivo Pessoal
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1 de 1 carro3 edit - Foto: Arquivo Pessoal

O empresário Pedro Bettim Jacobi, 40 anos, indiciado pela Polícia Civil por furto qualificado, estelionato, apropriação indébita e extorsão, costuma exibir nas redes sociais uma vida de luxo. Mesmo procurado pelos investigadores para prestar depoimento e tendo um pedido de prisão em análise pela Justiça, o homem segue atualizando as redes sociais com fotos de viagens internacionais e momentos de lazer. Para a polícia, Bettim nada mais é do que um “Don Juan” que enxergou em um relacionamento amoroso a oportunidade de se dar bem.

Ele é acusado de transferir cerca de R$ 600 mil da conta da ex-mulher, uma advogada, de 36 anos, moradora do Lago Sul, sem autorização. Também teria roubado cheques e se apropriado de bens da vítima, como um Porsche Panamera, avaliado em mais de R$ 500 mil. Todas as acusações constam no inquérito policial.

Sócio de uma empresa de mineração cujo capital social é de R$ 6 mil, de acordo com consulta feita nesta terça-feira (25/7) no site da Receita Federal, Pedro Jacobi gosta de velocidade. E, consequentemente, de ostentar carros importados, como um Chevrolet Corvertte ZR1, que está com bloqueio total e com restrição judicial; um Lamborghini Gallardo, com R$ 200 mil em dívidas do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) – não pago desde 2013. Nas fotos postadas em suas redes sociais, Pedro Jacobi aparece também ao lado de um Ford Flex, uma Mercedes e uma BMW.

Com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por excesso de pontuação, Pedro segue acompanhando competições de carros pelo país, conforme as postagens revelam.

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Além de participar das competições automobilísticas, as postagens de Pedro Jacobi revelam ainda um gosto por viagens internacionais. Nem o fato de ser investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal o fez suspender a publicação de imagens de seus passeios pelo mundo.

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Namoro e desencanto
O Metrópoles acompanha o caso com exclusividade. A advogada, que está amparada por medidas protetivas, recebeu a reportagem em sua casa, no Lago Sul, para contar os detalhes da história. Bonita, produzida e esbelta, a morena de cabelos longos e olhos castanhos disse que os dois se conheceram em 2001, quando a vítima advogou para uma empresa de mineração que pertencia à família de Pedro.

Ela só voltou a encontrá-lo em setembro de 2016, no Aeroporto Internacional de Brasília. Aparentemente, um encontro casual. “Ele me cumprimentou, perguntou como eu estava e me falou que havia separado da esposa”, lembrou. A mulher também estava solteira. Havia terminado um casamento de 14 anos.

A partir de então, mantiveram contato pelas redes sociais. As conversas viraram namoro e ele, desempregado, se mudou para a casa dela. “Tudo ocorreu muito rápido. Eu pensei que seria algo temporário, mas acabamos nos aproximando muito até que casamos em abril deste ano”, relatou.

Já nos meses seguintes, em maio e junho, a mulher descobriu transferências de sua conta no valor de R$ 600 mil.

Rolex
Com gosto sofisticado, após sair da casa da ex-mulher, segundo as investigações da Polícia Civil, Pedro Jacobi foi até uma loja do ParkShopping, em 26 de junho, e comprou um relógio da marca Rolex por R$ 187,6 mil divididos em sete cheques de R$ 26,8 mil.

No momento de efetuar o pagamento, apresentou a certidão de casamento e uma procuração para convencer o vendedor de que tinha aval para utilizar os cheques em nome da esposa.

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Em depoimento aos investigadores, o vendedor afirmou que três horas depois da venda, recebeu a ligação de uma concessionária de veículos de luxo informando que Pedro Jacobi estava tentando passar o objeto pela metade do preço ou trocá-lo por um carro. Desconfiado, o funcionário passou a procurar o cliente para pedir a devolução do produto. As buscas, entretanto, não tiveram êxito.

Chantagem e extorsão
O pai do empresário, Pedro Silvino Lauredano Jacobi, 67 anos, também foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal. É procurado para ser intimado a depor. A dupla teria pedido em troca da devolução dos arquivos da advogada a “doação” de todo o patrimônio dela para a família Jacobi. Eles também teriam tentado convencer a vítima a assinar uma promissória no valor de R$ 1 milhão.

Metrópoles tentou contato telefônico com os acusados por dois dias. Mas as ligações caíram na caixa postal, onde foram deixados recados. A reportagem esteve na chácara em que moram pai e filho, em Brazlândia. Ninguém atendeu a campainha. No portão, havia uma intimação para que Pedro fosse à delegacia depor.

Apesar de intimados, nenhum deles se apresentou à Polícia Civil, que tenta, em vão, encontrá-los. Os advogados de defesa dos dois foram acionados, mas não se manifestaram até a publicação desta matéria.

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